Há cerca de um mês, uma foto “viralizou” na internet com o técnico Fernando Diniz em uma mesa de bar, ao lado de Paulo Angioni, em Fortaleza. Diretor de futebol do Fluminense, Angioni explicou o contexto daquela foto e também fez um breve comentário sobre a renovação dos treinadores no Brasil em bate-papo com o portal GE.
— Vou repetir para você o que eu já disse. O Fernando não é um cara de beber, raramente bebe. Eu quase nunca. Eu não gosto de cerveja. Eu gosto de cachaça com gelo. Quem estava tomando cerveja aquele dia eram os outros que estavam na mesa, umas 12 pessoas. Tem que viver um pouquinho. O Diniz estava tomando guaraná e antes eu tinha tomado uma cachaça – disse Angioni, complementando:
— Hoje o futebol brasileiro não tem treinador porque tudo foi aposta. E aposta inibe quem contrata. Teve gente até fazendo uma coisa sórdida, de soltar o nome do indivíduo. Dependendo da repercussão aqui fora, no dia seguinte você chega e fala: “Então, meu amigo, a repercussão é muito grande contra você. Eu não vou contratar você”. Vamos pensar no que a gente fala, vamos olhar para frente. O cara que vem não é uma aposta, ele é um novo, é diferente. Há uma diferença grande entre novo e aposta. O novo é o jovem novo que está galgando um caminho. Aposta é a dúvida que se tem sobre ele. Hoje você não tem treinador, porque há muito tempo rotulou sete ou oito treinadores como os grandes. treinadores do Brasil e ficou uma ciranda entre esses sete ou oito. Foram envelhecendo e quem chegava era aposta. Eu não tenho medo dos competentes, eu tenho medo dos incompetentes. Aí hoje você reclama, tem uma série de treinadores estrangeiros aqui. Claro! O Brasil não tem treinador, não permitiram o novo de proliferar – encerrou.