Em entrevista, o diretor de futebol do Fluminense, Paulo Angioni, comentou sobre a polêmica se Nenê, Ganso e Fred podem atuar juntos e criticou os comentários a respeito da idade avançada do trio. Segundo o dirigente tricolor, são rótulos que não cabem mais no futebol, que cada vez mais tem atletas veteranos, e que cuidam de sua saúde, ultrapassando os limites do tempo.
– A gente tem de privilegiar quem se deu o direito de cuidar de sua própria saúde. Esses clichês me incomodam pouco, porque abomino. O futebol é cheio de rótulos. Vi tanta gente… Sou da época que o jogador tinha dez anos de vida (profissional). Alguns magníficos foram até 15 e outros mais magníficos levaram até 18. Porque voltar atrás? Tão bom dar oportunidade a pessoas que cuidam de sua saúde. Se tem jogador com 37, 38 anos com o privilégio que alguns jovens não têm. Zé Roberto terminou a carreira m alto nível. Tivemos o Valdo, o Junior, comentarista. Esses caras merecem um troféu porque deram condição à classe de viver mais tempo no mundo de futebol. Uns não aprendem. Mas reclamar de ter um Fred que é um ídolo, e ídolo pra mim é uma figura sagrada, que cuidou a vida toda da sua própria saúde, uma pessoa forte. O Nenê com a exuberância de um menino, um prazer grande de jogar. Eu não coloco o Ganso nesse caminho porque ele é bem mais novo. Antigamente com 30 anos, quando comecei no futebol, era o limite para jogador. É muito pouco. Hoje a gente discute o inverso, queremos voltar a encurtar a vida do jogador – disse.