Pai do projeto sub-23 no Fluminense para maturar jogadores antes de mandá-los aos profissionais, Paulo Angioni aponta uma dificuldade na hora de se contratar no Brasil. Em sua visão, muitas vezes o atleta vai mal num clube logo que sobe da base e acaba sendo rotulado como fracassado. Nestes casos, segundo o cartola, cria-se uma dificuldade muito grande tanto na sequência da carreira do jogador quanto para quem faz as contratações.
— Aonde a gente vai chegar? Uma hora não vai ter mais jogador. O clube investe anos num atleta na base e depois joga ele fora se for rotulado. Estamos jogando tudo fora. Hoje o jogador vai mal em um clube, é considerado mal-sucedido e a carreira dele se enterra. As mídias sociais criticam esse jogador e o clube que de repente aposta nele. Como contrata, então? Traz o desconhecido, que muitas vezes é pior. Tudo para não haver crítica – disse.