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Última atualização: 10/03/2025

Analista destaca pontos positivos e negativos de Lezcano, novo reforço do Fluminense

Paraguaio ainda não estreou pelo Flu

O Fluminense trouxe diversas novidades para seu elenco neste ano. Entre eles está Rubén Lezcano, de 21 anos de idade, que chegou no Libertad. Caio Alves, analista da ESPN, fez uma análise do meio-campista que ainda não estreou pelo Tricolor das Laranjeiras.

“Lezcano é um atleta de selo B”, afirma Alves sobre o reforço do Fluminense

Rubén Lezcano, 21 anos, é um jogador nascido em Repatriación, município do Paraguai, em 09 de fevereiro de 2004. Com 1,78 m e 74 kg, o meio-campista canhoto foi formado pelo Deportivo Capiatá e revelado pelo Libertad, em 2022. No Libertad, único clube de sua carreira até ser contratado pelo Fluminense, registrou 90 partidas. Na equipe paraguaia, conquistou três títulos nacionais, sendo o Apertura (2023 e 2024) e o Clausura (2024). Embora não tenha competido pela equipe principal do Paraguai, o fez por categorias inferiores, quando, em 2019, disputou o Sul-Americano Sub-15. Além disso, foi convocado para o Pré-Olímpico 2024 e jogou uma partida. Sobre a saúde atlética, apresenta bons indícios, tratando-se de um jogador sem histórico de lesões. A última partida disputada foi em 22 de fevereiro, pelo Apertura, quando esteve em campo por 78 minutos na vitória do Libertad contra o Atlético Tembetary. Na temporada 2025, são sete jogos e média de 80,3 minutos. Em um nível A-D, considerando o contexto do Fluminense, entendo que Rubén Lezcano receba o selo de atleta B. Não acredito em curva de crescimento para selo A, embora seja um acréscimo positivo ao elenco.

Lezcano assinou até o fim de 2029 (Foto: Lucas Merçon – FFC)

Pontos positivos e destacáveis

À equipe, Rubén Lezcano viabiliza diferentes papéis. No Libertad, cumpriu o de origem, como meio-campista, bem como os de extremo e segundo atacante. Por característica e hábito, é um jogador sempre presente na zona da posse e na área rival. Tem o controle orientado como uma das principais virtudes. Retém jogo e conduz sempre (quanto mais tempo com a posse, melhor). Busca dominar de modo progressivo e para o pé esquerdo, o dominante. A tentativa frequente de realizar passes profundos, às costas do oponente, é notável — muitos deles, porém, suaves ou obrigando que o colega regrida alguns passos. Embora não seja muito potente, a velocidade é regular e agrega em transições ofensivas. Quando resiste aos duelos, exerce bons giros sob pressão e garante maior timing. Finalizando, se destaca. Seja de curta, média ou longa distância, tem boa mecânica de movimento — motivo por ser responsável por pênaltis, faltas laterais e escanteios do Libertad. Busca passes longos elogiáveis ao corredor oposto. Cobrando penalidades, é independente. Toma distância longa (cerca de cinco passos) e tem uma corrida pausada enquanto olha para o goleiro. Alterna o lado da batida, mas não a altura (inferior). No trabalho defensivo, tem abordagem agressiva e extremamente positiva, seja para saltar pressão ou anular linhas de passe.

Pontos negativos e a serem aprimorados

Usar o pé não-dominante seria de grande valia para o jogo de Rubén Lezcano. Por não ter uma ambidestria regular, perde segundos corrigindo o corpo para dominar com a perna esquerda e, por consequência, desaproveita as melhores ações, sejam elas individuais ou coletivas. Outra questão é o escaneamento. É fundamental que um meio-campista mapeie as costas antes de recepcionar o passe, algo que não acontece. O faz em alguns momentos, mas não na constância solicitada pelo jogo — principalmente em ligas intensas, como a brasileira, ao contrário da paraguaia. Por não ser privilegiado do ponto de vista de resistência, é comum que não encontre as melhores respostas em duelos ofensivos e/ou sob pressão. Usando melhor o tronco e os braços (inclusive defensivamente), deixará de ser superado facilmente.