Depois de um episódio de destempero no qual discutiu asperamente com o ex-técnico do Fluminense Oswaldo de Oliveira ao ser substituído no jogo da última quinta-feira, contra o Santos, Ganso foi o capitão da equipe na partida frente ao Grêmio, domingo, sob o comando do técnico interino Marcão. Na visão da analista comportamental Amanda Ciaramicoli, por mais que a situação envolvendo o antigo comandante seja reprovável, ter usado a braçadeira pode fazer bem ao camisa 10 no quesito confiança.
– A gente aceita que no esporte alguns momentos sejam mesmo mais agressivos. Isso faz parte da rivalidade e da disputa de uma forma geral. Mas a relação do respeito com quem comanda, tem que existir. Claro que estamos falando de uma forma rasa, não sabemos os bastidores de tudo isso, mas o Ganso, por ter mais experiência e sabedoria, tinha que ter agido de uma outra forma, até pelo nome e pelo que ele representa. Mas a braçadeira e a vitória (contra o Grêmio) retomam a confiança, que se fazem necessária após momentos como esses – analisou.
Por outro lado, Amanda destacou a responsabilidade de Ganso por se tratar de um jogador com projeção nacional e ídolo de muitos. Como referência, deve evitar certas manifestações.
– Às vezes falta essa questão de saber que é referência, saber a responsabilidade que se tem perante a sociedade, perante aos atletas mais jovens, a torcida, de uma forma geral. Os jogadores mais experientes, de muito nome, precisam ter a consciência da responsabilidade social que possuem. Então seria muito interessante se essa geração mais experiente que ainda atua passasse isso para os mais jovens. O quanto é importante ter essa sabedoria e equilíbrio mental dentro de campo para não ter a falsa impressão que pode fazer tudo e está tudo certo – falou.