Que Allan estava deprimido e pensando em largar o futebol antes de voltar ao Brasil para jogar no Fluminense, disso muitos já sabem. O volante contou um pouco mais sobre sua trajetória na Europa e revelou ter se sentido humilhado quando estava na Alemanha. Até por isso, tem grande gratidão ao Tricolor das Laranjeiras e aos responsáveis por sua chegada.
– Principalmente nesse último ano foi bem difícil, pensei sim em desistir. Um gigante da Europa vir e querer sua contratação, fiquei feliz. Falei, vamos embora (logo que saiu do Inter e fechou com o Liverpool). Pelo problema de visto, não consegui jogar no Liverpool, que eu queria muito. Foi complicado, triste (no Eintracht Frankfurt). A palavra é humilhação mesmo que aconteceu e isso foi me desanimando cada vez mais a ponto de eu querer parar de jogar. Não tinha lado de ser humano lá, da compreensão. Não compreendiam as coisas que estavam acontecendo. Eu tinha vontade de ficar em casa todos os dias. Era comer e dormir, não tinha vontade de ir para o clube. Se eu estivesse sozinho, não teria com quem desabafar – disse, complementando:
– Aí disse pros meus empresários: “Não volto pra Alemanha. Nem que eu fique parado no Brasil. Arrumem um clube para mim”. Aí voltei a ter alegria em treinar, em jogar. Sou muito grato, tenho carinho enorme pelo Fluminense.
Além do Fluminense, Allan citou o ex-técnico Fernando Diniz e o diretor de futebol Paulo Angioni como figuras centrais em sua recuperação.
– Diniz foi o cara que fez eu retomar o futebol, a alegria. O Paulo sempre me dá dica, me mostra o caminho certo – comentou.