Notícias
Youtube
Palpites
Casas de apostas
Guias
Comunidade
Contato
WhatsApp
Charges

Ainda bem que acabou

João Garcez

A homenagem da torcida do Fluminense às vítimas do acidente com o avião da Chapecoense foi o que de mais bacana aconteceu na tarde de domingo em Edson Passos. Foi também naquele estádio que o Tricolor viveu alguns de seus raríssimos momentos de alegria no Brasileiro, como a goleada por 4 a 2 sobre o Alético-MG, no reencontro com Fred. Ao término das 38 rodadas, o Fluminense fez apenas 50 pontos dos 114 possíveis, o que representa um parco aproveitamento de 43,8%. Teve mais derrotas que vitórias (14 a 13) e sofreu o mesmo número de gols que marcou (45). O 13º lugar na tabela reflete bem o descaso com que o time tratou a competição em seu terço final. Entre os gigantes do futebol nacional, o Tricolor só terminou à frente do Internacional, rebaixado pela primeira vez em sua história. Repetiu o feito no ano passado, quando só superou entre os grandes o Vasco, que também foi parar na Série B (este, pela terceira vez). Em 2013, só escapou da pior porque o Flamengo escalou irregularmente André Santos na última rodada (depois, uma “coincidência” histórica com a Portuguesa, que no dia seguinte colocaria Héverton em campo sem respaldo jurídico, acabaria salvando-o também). Foi por pouco, muito pouco, que a atual direção não resgatou velhos fantasmas que tanto feriram o orgulho tricolor e machucaram milhões de torcedores na década de 1990. Sempre querendo beijar a Morte, o Fluminense parece só não a ter encontrado, de capuz preto e foice da Segundona, porque foi a própria quem recusou. Porque, se dependesse da capacidade de gerir futebol de Peter Siemsen e seus asseclas, o relacionamento com ela seria engatado com romance na certa. A incrível marca negativa de dez partidas sem vitória no Brasileiro foi apenas a cereja do bolo de um time que jamais caiu no gosto da torcida. (Mais) um ano para ser esquecido. *** Leia também “Queda deles, flerte nosso”, opinião deste colunista no Blog Terno e Gravatinha, há dez anos no ar.

João Marcelo Garcez é jornalista, publicitário e autor de inúmeros livros sobre o Fluminense. Profissional da área de Comunicação Social, trabalhou na TV Globo (autor-roteirista), no portal G1 (Globoesporte.com), nas empresas DM9DDB e 24\7 Inteligência Digital (SP), do Grupo ABC, do chairman Nizan Guanaes, e na QJ Comunicações. Tricolor nato e hereditário, o carioca João Garcez, entre outros ofícios, foi ainda repórter do Jornal dos Sports e editor-chefe de O Debate, jornal do Norte Fluminense com circulação em municípios daquela região.

Leia mais