Agredido de forma covarde nos arredores do Maracanã no mês de fevereiro de 2017, Pedro Scudi ainda precisa de cuidados. Apesar de seu estado ter evoluído de forma positiva, ele segue lutando pela vida. Nesta segunda-feira o ocorrido completa um ano. Através de sua página no Facebook, a Bravo 52 relembrou o contexto e falou um pouco mais da situação do jovem torcedor.

Confira: 

 
 
 

“Trezentos e sessenta e cinco dias.

Hoje a lembrança não é de um grande título, uma ótima vitória ou uma classificação memorável.
Um ano depois, podíamos relembrar um caso que não tem motivo e muito menos explicação, uma atitude de pessoas que jamais podem ser denominados torcedores.

Esse texto não pode ser utilizado para recordação de um fato melancólico, mas sim como homenagem a quem sempre respeitou a camisa verde, branca e grená e honrou a sua ideologia de amizade, apoio incondicional, amor ao clube e principalmente de respeito ao próximo, independente da forma em que o mesmo encontra-se trajado.

Nossa homenagem de hoje é para Pedro Lucas Scudieri, para os mais próximos, o Scudi.

Nosso amigo encontra-se em coma após retornar ao hospital para tratamento de uma bactéria, aos poucos já demonstra certa lucidez, mas ainda não despertou.
O Scudi representa o modelo de torcedor que a Bravo 52 identifica como o ideal e que o Fluminense certamente se orgulha em ter representando a instituição.

Da contagem de jogos com mando de campo no Rio de Janeiro a viagens de ônibus pelas fronteiras do sudeste ou ao Sul do país.
Pelas viagens de avião a Presidente Prudente ou Nordeste.

Até a locomoção a outros países, como o Paraguai, em meio a pedradas no Defensores Del Chaco com seu chinelo de dedo nos pés.
O torcedor que faz o possível para acompanhar bem próximo o clube em suma maioria conhece o Scudi, quem o não conhece, em seu retorno o procure, cada história, cada momento, cada risada ao seu lado em pouco tempo consegue demonstrar que o mesmo é único e uma personalidade da arquibancada tricolor.

Nos domingo de Maracanã lá estava Scudi usufruindo de sua garrafa de água de um litro e meio na mão e seus chinelos de dedo em mais um pré-jogo com muito debate envolvendo principalmente Fluminense e arquibancada. Nosso amigo faz parte do conselho de organizadores da torcida assim como é sócio contribuinte do Fluminense.

Não tinha inimizades, muito menos envolvimento em confusões ou atos de violência, seu ideal era apenas torcer, vivenciar grandes momentos ao lado dos amigos e cultivar grandes histórias.
Sua alegria contagiante desde as suas lendárias músicas desconectadas ao seus passos de dança desajeitados fazia de cada momento uma transformação de humor a todos em seu redor.

Hoje seu sorriso, antes visto como alicerce de paz e alegria, nos dá o sentimento de saudade e um misto de ansiedade com fé pela proximidade do seu retorno mesmo trezentos e sessenta e cinco dias depois.

Esperamos que os verbos conjugados no passado em breve voltem a se tornar rotinas e sejam conjugados no presente.
E por falar em presente, nós só queremos um:

Seu retorno as arquibancadas.
As mesmas agradecem,
O Fluminense agradece,
Nós agradecemos.

#ForçaScudi #ScudiVaiVoltar

Bravo 52″