Advogado das vítimas do caso do assassinato do torcedor ao redor do Maracanã no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, entre Fluminense e Flamengo, Eduardo Sequeira conversou com o NETFLU com exclusividade e comentou sobre a audiência do caso que será realizada na tarde desta segunda-feira e sua expectativa para ela.
– Será uma audiência onde serão inquiridos pelo MP e advogados o acusado, vítima sobrevivente e testemunhas. Serão, também, exibidas provas. Após a audiência o juiz decidirá pela existência de indícios de autoria e materialidade do crime. Decidindo pela existência, será proferida decisão em que o Réu será “pronunciado” e levado a júri popular em uma nova audiência ainda a ser marcada. Com o vídeo da execução, mostrando claramente que Bruno foi alvejado rolando no chão e que Marcelo caminha em direção às vítimas; e com diversas testemunhas indicando que Thiago teria sido baleado na cabeça quando já estava caído no chão, acho difícil ele se safar dessa – disse Eduardo.
O advogado também confirmou que o motivou que iniciou a discussão e provocou a morte do torcedor foi mesmo política. O bate-boca não durou muito tempo, mas foi o suficiente para gerar a irritação do acusado de assassinato.
– Aparentemente, sim. Pelo que parece a discussão não durou mais do que 5 minutos. Saberemos melhor ouvindo as testemunhas. Ela é aberta a todo o público – encerrou ele.
No dia primeiro de abril, após o primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Fluminense, no Maracanã, um crime chocou torcedores do clube verde, branco e grená. O inspetor penitenciário Marcelo de Lima matou a tiros o torcedor do Fluminense Thiago Leonel Fernandes da Mota, de 40 anos, e feriu Bruno Tonini, de 38, num bar nos arredores do estádio. Pouco mais de dois meses e meio de pois, a trágica história ganhará novos capítulos nesta segunda.