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O vice-presidente de finanças do Fluminense, Diogo Bueno, não crê em sanções da CBF e da Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFUT). O clube não cumpriu o artigo 46-A da Lei 9615, do Estatuto do Torcedor que diz que agremiações esportivas devem publicar seus balanços até abril. Há sanções previstas para quem não cumpre o prazo de publicação das contas, como o afastamento de dirigentes. O Fluminense ainda pode ser retirado do Profut, programa de parcelamento da dívida pública.

– A gente acredita que eles serão, sim, compreensivos, pois veem que estamos dando demonstrações de boa fé e práticas de boa governança – diz Bueno.

 
 
 

Em reunião do Conselho Deliberativo feita em março, o dirigente já havia antecipado que o Fluminense teria problema para fazer sua prestação. Um dos motivos é a troca da empresa responsável por auditar os balanços. O outro é a necessidade de ajustar as contas de 2016, o que acaba impactando nas do ano seguinte. Esta, por sinal, foi a primeira vez que se reconheceu, dentro da própria gestão, a necessidade de rever valores da gestão Peter Siemsen, sobre a qual pairam muitos questionamentos.

– Quando o novo auditor começou a tomar pé da situação, sentiu falta de documentos que pudessem ratificar alguns valores que, na opinião dele, estavam errados. O novo parecer está praticamente concluído. Vamos soltar neste mês de maio – garantiu Diogo Bueno.

O deficit de 2017 foi maior do que o previsto: R$ 79,4 milhões. Vale lembrar que o orçamento falava em R$ 76 milhões negativos. O saldo é resultado de uma receita de R$ 212 milhões (quase R$ 60 milhões menor do que em 2016) contra um gasto de R$ 291,5 milhões (R$ 28 milhões a mais do que no ano anterior).