Novamente titular no Fluminense, Gum, volta e meia, é contestado pela torcida. O zagueiro, acostumado desde cedo com as dificuldades, afirma se sentir mais cobrado em função de seu potencial. Sobre as adversidades, o defensor conta como foi sua complicada infância, com apenas a mãe para sustentá-lo e aos seus irmãos.
– Quando sabem que você pode render mais, esperam mais, a cobrança vai ser maior. E desde a minha infância nada foi fácil. Tive uma infância muito humilde. Quando meu pai faleceu, eu tinha quase três anos. Minha mãe (Roseli) segurou tudo sozinha. Era faxineira e vendia roupas, joias, perfume. Vendia o que tinha para vender. Fazia o máximo para cuidar de mim e dos meus outros três irmãos. Eu sou o terceiro. Éramos todos pequenos quando meu pai morreu. Minha mãe teve que trabalhar, se esforçar. Alguns parentes pediram um dos filhos para cuidar, mas ela não aceitou. Tínhamos que crescer com ela. Ela manteve a família unida. E somos muito próximos até hoje. Essa luta começou lá atrás. A infância não foi fácil. Só fiz um teste, pois não tinha condição de viajar para os lugares. Não tinha como pagar passagem e hotel para ficar – recorda.