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Opinião – Abelão: Será “só” a falta de peças?

Crys Bruno

Oi pessoal! Que peças o Fluminense tem?! Resposta imediata: figuraças! Que peças gerem o Fluminense! Meu Deus! Seria cômico… às vezes, é. Primeiro, Abel, com razão, diz que o cenário não é de terra arrasada. Concordo. Mais adiante, volto ao Abelão. Depois, o “visionário” Marcelo Teixeira joga na imprensa um suposto interesse do Flamengo. De gargalhar! Esse pessoal tem certeza de que o torcedor de futebol sofre de alto grau de burrice e ignorância. Por último, a nota do grupo que administra o clube há sete anos e chama de “frustrantes” as eliminações para os “possantes” Avaí e Vasco, pedindo reforços, urgentemente, listando que perdemos metade do time de 2017, aquele time “ruim” que quase foi rebaixado. E eu que passei o feriado da Páscoa sentindo os efeitos “frustrantes” da derrota vergonhosa para o Vasco, pela maneira que foi, que ainda corroía e doía na alma, achando que não teria assunto nem forças para o post da semana. Mas, como milagre, as notícias do dia mexeu com o amor que tenho por essa instituição, que vem sendo humilhada pelas “peças”, as figuraças, que estão lá. Vamos por partes, como Jack. A nota da Flusócio é a prova documentada de que eles não entendem nada de futebol quando afirmam que perdemos para o Vasco porque faltaram “peças” de reposição para nosso idolatrado (sem ironia) técnico. Abel tinha, no banco de reservas, dois jogadores ofensivos que cumpririam a função dos substituídos: Robinho e Pablo Dyego. Foi Abel que escolheu inventar, mais uma vez, deixando o Fluminense com três zagueiros, três laterais, três volantes, por mais de vinte minutos, para segurar o resultado, dando ao Zé Ricardo o espaço de pôr em campo todos os seus Pablos e Robinhos. Que peças Zé Ricardo tinha no banco do Vasco? Que peças Jair Ventura tinha no Botafogo de 2016, candidato ao rebaixamento, que foi para a Libertadores, na qual, em 2017, disputou com dignidade? Que peças Alberto Valentim teve para vencer “o grandioso, maravilhoso, cascudo, repleto de opções, elenco do Flamengo”? O Botafogo foi cauteloso, não covarde. Não usou 3 zagueiros para liberar os laterais nem abdicou de seu quarteto de ataque: Luiz Fernando, Leo Valencia, Marcus Vinicius e Brenner. Nem o Botafogo atua com 7, 8, 9 jogadores defensivos, postados todos atrás da linha da bola entre o nosso goleiro e a intermediária como Abel faz no Fluminense. É revoltante! Precisamos de reforços? Sim. Talvez só as torcidas do Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro estejam satisfeitas e digam que não precisem de reforços. Mas ser “reforço” depende do jogador contratado. Muitas vezes, se tem igual ou melhor dentro do próprio clube. Ou Pedro e Ibañez não são melhores ou do mesmo nível que os cogitados Kayke e Gilberto (para a camisa 9) e um Renato Chaves e tantos outros “600 zagueiros” contratados nos dois últimos anos? Falo, sim, do Abel. Sabe por quê? Porque se foi ele quem piorou o que já não é dos melhores, pela proposta de jogo e escalação absurdas; é ele o único que podemos contar para reverter os erros que nos levaram à derrotas vexatórias para Avaí e Vasco. Que peças o Avaí tem? Nenhum dos clubes citados tem elenco que justifique o posicionamento covarde do Fluminense de Abel, que entrega o jogo ao adversário, abdicando de jogar. É aí que está a vergonha dessas derrotas. Abel erra ao enxergar os seus jogadores como se precisasse de um microscópio e os jogadores dos times que enfrentamos, com lente de aumento. Foi por isso que entregamos o jogo para o Avaí e Vasco. Ah, se Abel, e só ele poderá reverter isso, assistisse sozinho, sem auxiliares nem panilhas: Flamengo 0x1 Botafogo; o Palmeiras comendo grama para eliminar nos pênaltis um Santos cheios de garotos sem nome nem cascudos! Ah, se Abelão assistisse aos últimos três jogos de alguns times que disputarão a Série A como: América-MG, Atlético-PR (com dificuldades financeiras que acabou de perder para o rebaixado Coritiba, na 1° partida da final regional), Bahia, Ceará, Chapecoense, Paraná, Vitória… e revisse os jogos do Fluminense contra retrancas ou quando se encurrala na defesa feito bichinho assustado, veria que o seu time não precisa jogar com “um ônibus estacionado na grande área defensiva” como proposta de jogo e, não, por eventualidade. Humilhar ainda mais o Fluminense, não! E só porque apequena seus jogadores e enxerga os jogadores do time adversário com lente de aumento. Ou Abel revê isso – e repito: só ele poderá fazê-lo, só se conta com ele nesse sentido – ou o que temos visto dessa escalação e proposta de jogo se tornará o prenúncio da terra arrasada quando, hoje, estamos “só” com a vaca no brejo. Abel não tira leite de pedra. Ele vem tirando leite da vaquinha que está no brejo, deixando a bichinha desnutrida de tanto correr atrás do adversário sem a bola e com a bola sair em disparate e definir o ataque num estalo. Coisa de time que diz ao adversário “você é melhor do que eu”, mesmo quando sabemos que a diferença entre o melhor e o restante é pequena no futebol brasileiro e se pode ser competitivo, sem ser covarde. Perder é do esporte. Ser eliminado ou rebaixado por medo, covardia, não. E nunca, jamais, quando se veste essa camisa, cuja história e tradição retumbante de glórias passam pelos “timinhos” que venceram “super timaços” no papel. Abel desrespeita a instituição Fluminense Football Club quando escolhe nos rebaixar com sua excessiva retranca. Renasça, Abelão! Escale um time equilibrado. Reveja tudo sozinho. Como todo comandante, solitário. Quer três zagueiros? Tire o Renato Chaves, preencha o meio ou abra dois velocistas, o Pablo e Marcos Jr., escalando o Ibañez na posição do Richard. Você manterá uma trinca de zagueiros e ainda melhorará a saída de bola, livrando o Sornoza de um marcador e abrindo mais o corredor para Jadson. Você não perderá no jogo aéreo se Reginaldo formar a zaga. Renato Chaves tem marcado mais o Gum que o cara do outro time. Não pode! Não é possível que ninguém da sua comissão de apoio não esteja vendo isso! Números não mostram as falhas. Números, no futebol, são limitados porque não mostram o que o jogador deixou de fazer na sua função. Os números omitem e protegem erros. É preciso o olhar do boleiro. Um Fluminense, mesmo em dificuldades, não é menor nem pior do que 95% dos times que ele enfrenta. Renasça, Abel. Pelo amor de Deus! Não aguento mais! Busque em você, em silêncio e só, o olhar da sua experiência, vivência, que sempre será mais decisivo pelas melhores escolhas do que as panilhas numéricas auxiliam. Perder e ser eliminado, até rebaixado, faz parte do futebol; perder, ser eliminado e rebaixado por ser covarde, sem agredir o adversário, dando o jogo para o oponente, é humilhar e desrespeitar essa camisa e seus jogadores que você tanto elogia… Assista, sozinho, sem microscópio, lupas e planilhas, a alguns jogos, incluindo nossas derrotas para o Avaí e o Vasco. Tenho certeza e repito que você verá que o seu time não fica a dever tanto assim ao adversário a ponto de abrir mão de mais um jogador no meio ou ataque para escalar Renato Chaves e Gum juntos. Orando pelo discernimento e a nobreza que é necessária para quando precisamos rever nossas escolhas e mudá-las. Nobreza, que ainda acho, que Abelão possui. Que assim seja. Faltou falar do Marcelo Teixeira? Que nada… Fraternalmente, ST.

Bacharel em Direito com Especialização em Gestão Profissional no Futebol pelo Centro Universitário Internacional. Escrevo sobre futebol desde 2009 quando comecei no Jornal da Cidade, Niterói. Com passagens pelo FEA, Flu&Etc e Panorama Tricolor, desarmo melhor que o Richard, cruzo melhor que o Leo, marco melhor que o Airton , lanço melhor que o Jádson, finalizo melhor que o Marcos Jr, corro mais que o Gum e jogo mais que o Pedro. Ops, "esta" foi mentira. Rs.

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