Foto: Nelson Perez

O técnico do Fluminense se diz apolítico, mas considera o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos julgamentos dos crimes da Operação Lava Jato, um ídolo nacional. Ao portal Uol, Abel Braga dá suas pinceladas na política do Brasil e manifestou uma opinião para lá de polêmica sobre a ditadura.

– Camarada, você vive de exemplo. Você se forma a partir de exemplos e condutas. Qual exemplo bom você tem nesse país? Nosso grande ídolo hoje quem é? É o Moro. É o ídolo do país. E meu também. Parece ser uma pessoa que está lutando contra uma nação. Esse cara tem que ter um busto em todos estados desse país. Em todas as grandes cidades. Eu, sinceramente, não gostaria que fosse ele. Gostaria que fosse o Roberto Carlos, a Nana Caymmi, o Neymar…Eu não tenho medo de falar de política. Tenho medo de andar na rua. No sinal parado, tenho um cuidado desgraçado… Eu era apolítico na adolescência, mesmo durante a Ditadura. Era um momento em que as causas eram mais justas e os problemas eram pequenos. E eu não concordava com aquilo. Mas, te juro: pode ser que hoje seja um dos milhões que reclamam que com a Ditadura não estaria esse caos que está. Essa é a verdade: perdeu o controle. Então, como eu fui apolítico naquele momento que era muito mais tranquilo, com restrições democráticas e de manifestação, agora eu só me decepciono.

 
 
 

A prisão do ex-governador Sérgio Cabral Filho surpreendeu Abel:

– Não falo com 100% de convicção que não vou sair do Brasil. Dessa vez, quando começou esse escândalo todo, com Petrobras, Lava Jato… A sacanagem transcende. Olha o governador do Rio (Sérgio Cabral). Eu conheci muito, muito, muito bem o pai. Assusta um pouco.