Abel Braga chegou ao Fluminense e não pensou duas vezes em escolher o capitão da equipe. Henrique herdou a braçadeira que no ano passado começou com Fred e terminou com Gum. O técnico justificou a opção afirmando ser admirador do zagueiro, tanto pelo seu futebol, quanto pelo caráter.
– Tenho admiração enorme por ele, desde o Palmeiras. Depois passagem pelo futebol italiano. É um cara de conduta irrepreensível. Posso usá-lo como volante e, fatalmente, isso vai acontecer. Teve um jogo que ele fez contra o Fluminense de volante (pelo Palmeiras) e foi uma atuação espetacular. Ele tem liderança nata. Na hora de cobrar, é moderado. Isso é bom, porque contrasta com o meu temperamento. É bom que seja assim. Goleiro não boto nunca, porque não gosto. Fica muito longe do jogo, do árbitro. Pode ser ele, Renato, Douglas, Scarpa, Lucas. Foi por simpatia. Acho que deu uma mexida com ele na autoestima. EU cheguei para ele e falei no primeiro dia: “O capitão é você, mas se não abrir a boca vou ficar chateado”. Ele está falando, mas pouco. Ainda quero que fale mais – disse o Abelão.