O técnico Abel Braga não vem podendo se preocupar apenas com campo e bola, mas também com um cenário onde a crise parece estar sempre rondando o Fluminense, mesmo com os bons resultados no Campeonato Brasileiro. O treinador tem trabalhado no sentido de proteger seu grupo de jogadores de diversos problemas, principalmente, porque boa parte do plantel é composta por jovens.
Na semana passada alguns torcedores pediram um treino aberto nas Laranjeiras para prestigiarem os jogadores após a classificação para a segunda fase da Copa Sul-Americana. O treinador estava disposto a atender ao pedido, porém, o ambiente político conturbado acabou complicando a situação.
Abel também lutou para que os salários de abril fossem colocados em dia, o que só foi possível com a realização de um empréstimo junto a uma instituição privada de crédito. O futuro em relação à folha de maio é uma incógnita que preocupa. Fora isso, ele lida com a provável saída do coordenador Paulo Autuori, com quem dividia parte das tarefas e era uma espécie de porto seguro.
– Tinha o Alexandre Torres, que saiu, e depois veio o Paulo. Se ele sair é preciso que venha outro profissional competente para dar aquele suporte fora de campo. Não podemos responder só no campo. Tem que sentir segurança em quem comanda – desabafou Abel.
Dentro de campo o treinador tenta manter a normalidade. Nesta quarta-feira Abel Braga começa a projetar a equipe que vai medir forças com a Chapecoense.