Em dificuldades financeiras, o Fluminense iniciou a temporada com três contratações e, exceto mais uma lateral-esquerdo, dificilmente contratará outros jogadores. Em um elenco sem muitos medalhões, a esperança recai em Abel Braga, treinador experiente, vencedor e identificado com a torcida. O comandante não foge da responsabilidade.
– O negócio é o seguinte: estou otimista, alegre, contente de estar aqui. Quero ajudar esses caras o máximo que puder, como jogador, ser humano, homem. Isso também é função do treinador. O cara pode estar acomodado em casa, mas sabe que aqui tem um líder. E a minha liderança é conquistada. Não é imposta. Falo para eles: pode colocar a cabeça no meu ombro e chorar. Eu falo, podem errar em campo. Até a intermediária, se driblar e perder a bola vai ter m… comigo. Da intermediária para a frente, pode perder quantas bolas for. Pode dar lambreta, chapéu, caneta, não quero nem saber. Mas atrás, não. Toca e mexe, simples. Em um jogo-treino, o Lucas Fernandes deu um passe de letra no meio-campo. Esse menino é atrevido. Quando a bola saiu, chamei ele e falei: ”Tá pensando que essa p…. aqui é o que? Tá jogando na praia, de férias?”. Não pode perder a bola com a minha defesa saindo, cara, com os laterais altos. Quem está evoluindo muito aos poucos é o Leo. Ele ainda é visto com desconfiança. Mas do primeiro jogo-treino até a estreia, ele cresceu muito para apenas dez dias. Mas tem de ter preocupação com ele, manter uma relação diferente. Não pode dar bronca nele no grupo. Minha sina é com lateral esquerdo, igualzinho ao Carlinhos (risos). Não berra com ele. Tem de mostrar o erro, mas as qualidades também, que você confia nele. Tem um potencial filho da p….