O Fluminense vai terminando um ano para lá de difícil. Sem títulos, só evitou por completo o risco de rebaixamento na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. Abel Braga admite que foi complicado. O técnico, inclusive, chegou a ter outras propostas no início de 2017, mas identificado com o clube das Laranjeiras, tratou como prioridade.
– Ainda mais porque tive convites de outros lados no início do ano, não aceitei porque sempre quando surge Fluminense é uma prioridade. Mas é um negócio assim. Quando aconteceu com a Ponte, eu ainda não era o Abel, era apenas mais um. Mas a Ponte teve uma situação horrível no lado financeiro e por isso se perdeu 13 jogadores, nove titulares. Eu fui buscar os moleques lá na Encruzilhada, a cidadezinha que tem o CT da Ponte. Não sei se o bairro é esse, eu confundo. Tinha jogador que nunca tinha entrado no Moisés Lucarelli. Nesse momento tivemos três situações. A última foi do Coritiba. De se vencer dá o salto pro bolo de cima. Aí pensa: “Pô, meu time é bom”. Não importa se o time é de menino. Eles querem ir pra cima. Se está ganhando, querem ir pra cima fazer mais. Aí começa a se fazer muita pergunta. “Pô, será que o meu time é competitivo, é um time de duelo?” Futebol hoje é muito de duelo. Você entra na arena, tem a organização, as linhas, compactação, mas é muito duelo. O momento da preparação física faz com que o campo pareça menor. Além do dilema, acaba seu jogo, aí você pergunta: “como foi o jogo de fulano?” Foi complicado. Foi legal. Em alguns momentos o torcedor comprou a ideia. Quando comparece, tem de aplaudir. Tem de entender a situação do clube. Mas quando vaia, paciência. Quando não surge o resultado, ele vaia. Nos momentos mais complicados, o torcedor entendeu – relatou.