Campeão carioca e brasileiro em 2012, Abel Braga retornou ao Fluminense em 2017 para comandar uma fase diferente do clube. Sem jogadores badalados e apostando mais no talento dos jovens das divisões de base, o início do trabalho foi animador com a conquista do título da Taça Guanabara. Porém, o desempenho caiu no segundo semestre com a venda de atletas e uma série de lesões que desfalcaram a equipe.
O treinador permaneceu no clube para 2018. Com menos recurso e sem a espinha dorsal da equipe do ano anterior, Abelão teve que buscar outras maneiras de tornar a equipe competitiva e, por um certo momento, conseguiu. No entanto, nem tudo são flores. Em entrevista ao programa “Bola da Vez”, do canal ESPN, o técnico explicou o motivo de entregar o cargo antes do término do contrato e admitiu uma mágoa com o presidente do Fluminense, Pedro Abad.
– Tive uma mágoa. Quando saí, não tinha jogador. Agora que saí, contrataram seis. Eu adoro o Abad, é meu amigo, mas falei que ia sair. E aí contratou (Junior) Dutra, Luciano, Everaldo, Cabezas, Digão e Paulo Ricardo. Mas isso é passado – lamentou o treinador, que explicou o motivo da saída do clube.
– Eu tinha contrato até dezembro desse ano, mas senti que, por conhecimento do clube, e das pessoas que formavam a direção e outros que já tinham saído, que não queria passar esse ano aquela coisa que passamos no ano passado, que nos salvamos no penúltimo jogo – revelou Abel.