Faltam dez dias para a Assembleia Geral Estatutária (AGE), convocada pelo presidente Pedro Abad, que visa a antecipação das eleições. Sem quórum mínimo, necessário apenas para a fusão ou extinção do clube, os sócios aptos a votar poderão comparecer à sede tricolor e exporem para fazerem valer seus direitos adquiridos. Mas uma questão, largamento debatida nas últimas eleições, que é o voto online, utilizado largamento por outros clubes, não será implementado, mesmo sendo uma das promessas de campanha de Pedro Abad.
– O clube iniciou um trabalho de limpeza na sua base de dados. Como esse processo requer uma grande infraestrutura, com os sócios sendo informados com antecedência, etc, não haverá tempo hábil para a implementação – respondeu a assessoria institucional do Fluminense após contato do NETFLU.
Em outras palavras, caso o estatuto seja modificado e as eleições antecipadas, o voto online não poderá ocorrer. Se a tecnologia já estivesse á disposição, ela poderia ser utilizada, inclusive, na AGE.
O Fluminense havia iniciado, em 2017, um trabalho de integração do banco de dados de sócios, dividido em três cadastros diferentes. Assim, argumentava-se que poderia ser realizado o voto pela internet na eleição de 2019 (para determinar o próximo presidente, para o triênio 2019-20-21).
Tal reorganização deveria ser concluída apenas em setembro daquele ano. E, a partir de 2018, entraria em prática os testes do projeto da votação à distância. O clube estudaria exemplos de outros que fazem uso do modelo, como o Internacional, mas a ideia não foi sacramentada.
Por fim, uma situação referente ao estatuto precisaria ser revista. O artigo 139 define o voto como direito pessoal do sócio, sem poder ser exercido por procuração. A dúvida ficaria sobre como garantir que o próprio associado escolheria seu candidato por computador ou celular sem deixar brechas para serem usadas contestando o resultado.