Abad e outros presidentes opinam sobre o futuro da Primeira Liga

Competição corre o risco de ser extinta do calendário em 2018

Foto: FFC

Não é segredo para ninguém que a Primeira Liga corre o risco de não chegar à sua terceira edição. A competição não caiu no gosto do torcedor e viu em 2017 a média de público cair em relação a 2016. Soma-se a isso o fato dos próprios criadores não a priorizarem em detrimento de outras disputas e entrarem por muitas vezes com times mistos. O calendário apertado de 2018 é mais um empecilho. A Copa do Mundo vai espremer mais ainda as datas. Presidentes dos clubes participantes já discutem a respeito do assunto.

– Foi criada com um objetivo político, mas de um jeito ou de outro, esse objetivo acabou se esvaindo – disse Pedro Abad, presidente do Fluminense.

 
 
 

Não bastasse isso, o espaçamento entre as fases também fez com que caísse o interesse do público. Se no ano passado foi disputada em apenas três meses, agora teve início em janeiro e terminará em outubro.

– Ano passado teve mais apelo. Tivemos 35 mil pessoas na final. Acabou perdendo o apelo, os clubes deixaram em segundo plano. Foi um fator. Ter distância grande entre as duas fases, causa isso. Precisa de uma remodelagem, não pode ter datas aleatórias. Ano que vem é o deadline para seguir a Primeira Liga – seguiu o mandatário tricolor.

Veja as opiniões dos presidentes de outros clubes participantes:

EDUARDO BANDEIRA DE MELLO, FLAMENGO

– A Liga deveria ser também um modelo de administração do futebol. Ela cumpriu parcialmente a sua finalidade. Foi prejudicada pelo calendário, por conta de situações que fugiram ao nosso controle.

ROMILDO BOLZAN, GRÊMIO

– Não deu resultado. Não tivemos a discussão corporativa. Aí sobrou só o campeonato. Se a Copa da Primeira Liga mantiver o modelo deste ano, está fadada à extinção. Se não houver uma remodelação, o Grêmio vai discutir muito e tende a não participar.

DANIEL NEPOMUCENO, ATLÉTICO-MG

– Não se pode culpar os clubes. Com o nosso calendário, tem de priorizar. Isso é natural. Se tirar o processo político dela, for trabalhada a quatro mãos, dá para ser feita.