O presidente Pedro Abad reuniu os líderes políticos do Fluminense, nas Laranjeiras, nesta quarta-feira, e ficou acordado que os sócios do clube votarão em até 30 dias se aceitam a antecipação da eleição presidencial, prevista para novembro de 2019. Caso a maioria dos associados sejam a favor da proposta, um novo mandatário será eleito entre março e abril do próximo ano.
– O problema hoje é a conexão com o torcedor. A crise financeira leva a esforços que o torcedor talvez não veja como necessário. Existe impressão de que a gestão não é competente para montar elencos fortes. E diversos vazamentos de notícia em um clube com dificuldade financeira de certa forma atrapalham a gestão por causa da pressão. Não dá pra reverter o imaginário do torcedor. Eu me sinto em condições de continuar, mas aceito uma solução alternativa – disse Abad.
Pedro Abad decidiu deixar o cargo no Fluminense e buscou viabilizar uma maneira dos sócios decidirem o próximo presidente, prevalecendo a democracia. Recentemente, o mandatário escapou da votação do processo de impeachment (que não ocorreu por falta de quórum). Outra possibilidade era a renúncia, no entanto, ele descartou a ideia e explicou o motivo após a reunião desta quarta.
– A renuncia é dizer que não me considero em condições e isso não é verdade. Por isso que propus uma mudança que leva à mesma saída. Impeachment eu não ia aceitar, é absurdo. O segundo que foi feito também é sem fundamento. Não aceito. Ninguém vai dizer que tenho uma gestão temerária. Temos uma solução intermediária. O óbvio em uma democracia é devolver a decisão aos sócios – explicou.