Ciente de que não está com a imagem completamente desgastada e não possui mais clima para comandar o Fluminense, o presidente Pedro Abad vai mesmo tentar adiantar o pleito de 2019. Em entrevista ao portal UOL Esportes, ele explicou o que será feito.
– Serão duas assembleias: uma para mudar o estatuto, outra para efetivamente eleger o próximo presidente. O formato está pronto na minha cabeça, estamos fazendo apenas pequenos ajustes na redação jurídica. A quem interessa não chamar o sócio para votar? A que interesse serve ação judicial? Por que não a democracia? Qual o problema dela? Sim (será um mandato longo). Você faria uma eleição para um mandato de 10, 11 meses, passa por uma campanha, a pessoa assumiria e três meses depois já teria outra – disse.
O mandatário tricolor salientou que, neste momento, não adianta um “mandato tampão”, porque iria minar a administração do clube.
– Não existe paz para esse mandato, ninguém vai se interessar por isso. Você tem que dar estabilidade a esta pessoa que vai se dispor a assumir de não se passar duas vezes por esse processo desgastante em tão pouco tempo. Não tem como fazer isso, não é razoável. É difícil, não é producente. Vamos entender que estou abrindo mão de parte do meu mandato para que um outro mandato comece e a gente regularize a vida do clube. A partir daí, tudo anda normal – frisou.
Por fim, o presidente tricolor destacou que interesses pessoais estão tentando pôr a pecha de “golpe” em todo o processo, quando na verdade ele está “tirando o seu time de campo” e proporcionando um ato democrático com a antecipação das eleições.
– No final das contas, as pessoas dizem que o estatuto diz isso, diz aquilo, mas apenas e tão somente estou abrindo mão de alguns meses do meu mandato. Apenas e tão somente isso. O resultado final de tudo é esse, só que as pessoas travestem seus interesses em formalidades ou legalidades que não têm nenhum efeito material a não ser atender seu próprio interesse – concluiu.