Em crise financeira, o Fluminense tem dificuldades para cumprir suas obrigações com os funcionários e atletas. O clube deve um mês de salário e dois de direitos de imagem aos jogadores, e não tem previsão para quitar o débito. A esperança da cúpula tricolor é receber imediatamente o dinheiro da venda de Richarlison, que foi negociado pelo Watford (ING) ao Everton (ING) por 45 milhões de libras fixas (cerca de R$ 222,9 milhões na cotação atual).
– Temos mecanismo de solidariedade para acontecer. Demora um pouco. Não estamos longe de resolver a questão Richarlison. Tenho uma ou outras situações que envolvem negociações. Não gosto de falar enquanto não se resolve. Se abro, tende a não acontecer. Temos perspectivas. Fiz reuniões com os funcionários e disse que vamos resolver – afirmou o presidente Pedro Abad.
Em 2017, o Watford o contratou o jogador por 11,5 milhões de libras (R$ 57 milhões na cotação atual) junto ao Fluminense, que firmou um acordo que teria direito a 10% da diferença entre o que foi pago e o que pode vir a ser recebido pelo time inglês. Desta forma, o clube inglês lucrou 33,5 milhões de libras (R$ 166 milhões) com a venda para o Everton, e o Flu receberá 3,5 milhões de libras (R$ 17 milhões).
Além do caso de Richarlison, o Fluminense deve receber mais dinheiro de acordo com o mecanismo de solidariedade da Fifa. Recentemente, o Barcelona (ESP) negociou o zagueiro Marlon, revelado em Xerém, com o Sassuolo (ITA) por 12 milhões de euros (R$ 53 milhões na cotação atual), e o Tricolor tem direito a uma pequena parcela por ser clube formador. A porcentagem deve beirar os 3,5%, e o valor seria próximo de R$ 1,9 milhão.