Em entrevista ao programa “Bem Amigos”, do SporTV, o presidente do Fluminense, Pedro Abad, falou sobre o imbróglio envolvendo o Tricolor, o Vasco e o lado direito do Maracanã. Perguntado sobre a razão pela qual o Consórcio resolveu favorecer o Cruzmaltino e não cumprir com o contrato que dá direito ao Flu de ter o Setor Sul, como fez nos últimos nove clássicos entre as equipes, o mandatário foi taxativo.
– Foi uma decisão comercial. O Consórcio está querendo “seduzir” o Vasco, se aproximar deles comercialmente, e está acenando com a quebra do direito do Fluminense. É exatamente isso. Só que contrato é contrato, tem que respeitar. Existe um floreamento sobre franquear o estádio a todos os clubes e é importante dizer isso: O Maracanã não está fechado para nenhum clube. O regulamento do Carioca não impede o Vasco de ter o mando de campo onde ele quiser. Se quiser que seja em São Januário, a gente joga em São Januário sem problema nenhum. Agora, se o Vasco escolher jogar no Maracanã com o mando contra o Fluminense, ele que escolha um outro setor que não o Sul, ponto. É muito simples. O Consórcio tem que arcar com o que assinou, e assinou por 35 anos. O direito do Fluminense vai ser respeitado. A gente vai brigar até o fim – disse ele.
Já sobre as cenas lamentáveis vistas do lado de fora do estádio com o conflito entre a torcida vascaína e os policiais, o presidente fez questão de eximir o Tricolor de qualquer tipo de culpa e levantou um questionamento:
– Se as decisões judiciais fossem cumpridas, essa polêmica não existiria. Nós ficamos descontentes, porque não tivemos torcida no estádio, mas temos que procurar quem deu causa a isso. Quem fugiu ao direito? Quem descumpriu ordem judicial? Se formos por esse caminho, a gente vê com muita facilidade que o Fluminense não é responsável por isso – finalizou.