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A tática 9-0-1 do Abel

Crys Bruno

Oi, pessoal! Como um comentarista ou setorista do Fluminense, Abel nos informou que o time tem dificuldades de virar os jogos. Citou a derrota para o Vasco, lembrando que o Fluminense dominava o jogo até o adversário marcar: -“Não sei se é coincidência”, completou. Nosso querido Abel que passou, em 2017, pela pior dor que a vida pode nos dar, a perda de um filho, perdeu-se… Nosso treinador já tem história para saber que no futebol não há coincidências. Embora diga que seus times nunca jogam por “uma bola”, na prática, nós temos visto o oposto. Abel não explicou porque seu time “dominava o jogo” contra o Vasco e nem assim abriu o placar. Então, vamos falar o porquê de não termos virado contra “um time do tamanho do Bahia”. E o que deve ser feito para virarmos quarta-feira e vencermos os “FlaxFlus do Brasileirão” para nos livrarmos do vexame, da vergonha e da dor de um rebaixamento? Abel modificou a postura do time. Muito porque perdeu, em sequência, por meses, seus três melhores jogadores: Scarpa (o pulmão), Sornoza (o talento) e Wellington (o drible que fura retranca). Também perdeu as forças do Richarlison e Douglas. Mas em compensação, ganhou Wendel e as sobriedades defensivas de Reginaldo, Richard e Marlon, além do atacante Robinho (que já se contundiu com uma fissura no pé) – então destaque do Figueirense, mas reserva de Marcos Júnior, talvez por este ter “melhor fisiologia”. Tudo bem, eu sei, ainda tivemos as quedas técnicas brutais de Lucas e Orejuela. É só barrar Lucas, pôr Norton para dar melhor recomposição e quanto a Orejuela, ele já barrou. Mas nos outros times que estão a nossa frente na tabela, problemas parecidos e até piores não ocorreram? Abel não tira leite de pedra. Nem seu elenco é pedra, comparado aos elencos de Botafogo, Santos, Vasco, Atlético-PR, clubes que disputam vagas na Libertadores. O fato é que Abelão acreditou que tira leite de pedra… Resultado: ficamos sem meio-campo (é o 9-0-1), perdemos o domínio da partida se estamos à frente no placar porque recuamos e, quando levamos o primeiro gol e o adversário se fecha, a criação recai sobre carregadores de bola e atacantes de contra-ataques, como Marcos Jr., facilitando a marcação adversária. Para voltar, sem desculpismos populistas nem culpa pelos erros, Abel precisa esquecer tudo que ficou para trás. Deve, como a função lhe exige, reencaixar o time, o tornando mais agressivo e equilibrado: cinco jogadores defensivos e cinco ofensivos com todos marcando em seu espaço do campo. Acredito nessa virada. Até porque entraremos em campo já perdendo de 1×0 para o Flamengo. Para termos chances de eliminarmos o rival e afastarmos de vez (e logo!) a possibilidade de cairmos nas labaredas do inferno, mudaria o posicionamento e a postura e iria à frente da primeira linha defensiva com: Richard, Wendel e Scarpa (centralizado), Welington Silva (pela direita) e Sornoza (pela esquerda mais próxima do ataque). Vamos, Abel! Vamos sair dessa zona de conforto por ser ídolo do Fluminense e abdicar dos desculpismos quando seu medo tem prevalecido. Olhe o Levir: terceiro lugar com um time razoável, foi demitido porque a torcida do Santos não admitiu time acovardado nem ladainhas porque nenhuma delas justifica. Abel vem fazendo o mesmo. No Internacional, não colariam 2 vitórias em 11 jogos, 9 vitórias em 31 partidas. Chega, Abel! RESPEITE O TAMANHO DO FLUMINENSE TAMBÉM. Fraternalmente, ST.

Bacharel em Direito com Especialização em Gestão Profissional no Futebol pelo Centro Universitário Internacional. Escrevo sobre futebol desde 2009 quando comecei no Jornal da Cidade, Niterói. Com passagens pelo FEA, Flu&Etc e Panorama Tricolor, desarmo melhor que o Richard, cruzo melhor que o Leo, marco melhor que o Airton , lanço melhor que o Jádson, finalizo melhor que o Marcos Jr, corro mais que o Gum e jogo mais que o Pedro. Ops, "esta" foi mentira. Rs.

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