Oi pessoal!

 
 
 

Há um tutorial básico no futebol que não muda, independentemente de época, software, datashow, condição atlética do jogador. Um dos ítens do be-a-bá é analisar o seu elenco e observar os melhores tecnicamente.

Pinça-os e escolhe a tática que fortaleça o seu melhor para esconder e proteger o ponto fraco. Como Abel, em 2018, Marcelo Oliveira faz o contrário: povoa o setor de defesa de jogadores medíocres e ainda recua os atacantes até a linha de fundo defensiva, transformando seu único jogador de ligação e talento em terceiro volante (Sornoza).

Estou cansada! A covardia voltou! Com ela, a ausência de compromisso com o tamanho desse clube e seus milhões de torcedores. Porque há diferença entre cautela e medo. Em pelejas fora de casa, é natural buscar fechar os espaços e segurar até os 15 minutos iniciais e os 10 minutos finais (dependendo do resultado).

Isso é cautela: você avalia, segura, pensa, mas AGE. Joga o jogo. Agride. Adianta a marcação. Você deseja vencer. O medo, não. O medo paralisa. Você só se defende. Não joga o jogo. Joga para não perder o jogo. Abel fez o time atuar assim: com desequilíbrio e covardia. Ela voltou. O time de covardes voltou! Marcelo Oliveira decidiu “abelar” tanto que o time não saiu do Abel.

Após um revés muito infeliz diante do Internacional, por erros ridículos e individuais e não por razão do coletivo, escalação, proposta de jogo…Marcelo Oliveira arregou! O be-a-bá do futebol não condena os 3 zagueiros nem tática nenhuma. A questão é que quando você os escala, não pode pensar em liberar os laterais mas prender seu melhor jogador na cabeça de área.

Ao escalar três zagueiros, você só deve escalar um volante. Richard e Jadson não podem ser cobrados nem usados para uma boa saída de bola se eles não têm o passe vertical.

O primeiro é uma tragédia grega até no seus infinitos passes laterais e para os zagueiros. Jádson é um segundo volante que apoia num contra-ataque com corredor aberto porque ele é carregador de bola.

Ele não pode ser colocado nem cobrado para fazer o que Sornoza faz. E recuar o Sornoza como volante é matar o único jogador lúcido e com bola para a função de meio ofensivo.

Os crimes que matam o time em campo não param por aí: com 3 zagueiros, seus laterais devem atacar com mais qualidade que os atacantes do elenco. Eles estão sempre no ataque. Agora me diz: se lateral atacasse como um jogador ofensivo ele seria o Gilberto ou um atacante?

O lateral ataca, ataca, ataca e quem produz mais na frente: Gilberto e Ayrton Lucas ou Sornoza e Everaldo? Pergunte ao Pedro ou à qualquer criança de 6 anos se é melhor receber o passe do Sornoza ou do lateral?

Para acertar um lance no ataque, o defensor erra quantos? Muito mais que um jogador ofensivo, lógico. Mesmo este sendo o Marcos Jr.

Para que Everaldo e Matheus Alessandro se eles vêm marcar na linha de fundo defensiva, só sobrando o centroavante de opção de passe?

E quando estão no ataque, eles recebem a bola quadrada de volantes ou dos laterais que só sabem correr para a linha de fundo e cruzar. Não param, pensam o jogo, pegam a bola e saem correndo (Ayrton Lucas com drible) e no final a jogada é a mesma. E o resultado também.

Por fim, o be-a-bá do capítulo I do tutorial: um time equilibrado é escalado com cinco defensores e cinco ofensivos. Independente de serem 3, 4 ou 5 zagueiros. É fundamental ter jogadores ofensivos fazendo as funções mais difíceis e importantes do futebol: a criação, o último passe e a finalização.

Sim, você pode escalar uma linha de quatro zagueiros com Ibañez, Gum, Paulo Ricardo, Digão mais o Airton ou Richard ou Jadson ou Dodi. Mas você não pode escalar um desses para fazer a função que faz um Sornoza, Everaldo, Matheus Alessandro, Marcos Jr, Junior Dutra, Luciano, Pablo Dyego.

E esses quando apertam a marcação desarmam mais e melhor do que um Richard. Não aparece nos números do jogo mas proponho: contem quantos desarmes dos atacantes que voltam para marcar e quantos os da duplinha de volantes?

Numa escalação com três zagueiros equilibrada, a meu gosto, piçando o que vejo de melhor ou menos pior no elenco, escolheria:

Digão-Ibañez-Paulo Ricardo.
Gilberto- Danielzinho-Sornoza-Ayrton.
Everaldo – Pedro – Matheus Alessandro.

Esse esquema pela característica dos jogadores varia tanto para um 4-4-2 (laterais marcando, Ibañez de 1°volante e Everaldo por dentro, de falso 9) quanto para um 4-3-3. Sem a bola, varia também até para o idolatrado 5-4-1 dos técnicos brasileiros.

O Fluminense terá 10 jogos em casa. 30 pontos. Precisará atuar propondo o jogo, com marcação alta, pressionando a saída de bola do oponente para forçá-lo ao erro e mantê-lo distante de nosso gol.

Terá que equilibrar-se. Ter a posse de bola. Como ter a bola com 300 zagueiros e 200 volantes que não sabem passar? Até o time do BAHIA de ENDERSON conseguiu equilibrar e joga com dois meias ofensivos: Vinícius e Zé Rafael.

Agora o fato: a nossa torcida é frouxa também. Estamos falando de medo e covardia contra um time uruguaio pior do que o Boavista de Bacaxá e o América-MG e, então, meu amigo, a historinha de falta de qualidade de jogador não se sustenta aqui.

É falta de vergonha na cara, de o mínimo de postura de Fluminense! É inaceitável, repugnante, grosseiro e criminoso com a gente (torcida) posicionar o time que vista a camisa do Fluminense como um micróbio em campo!

Ôh, a covardia voltou! Joguei a toalha…

Que venham os 47 pontos o mais rapidamente possível! E depois, o fim da administração aviltante, incompetente e desonesta da Flusócio dos senhores Peter Siemsen e Pedro Abad.

Sem mais.

Fraternalmente,

ST.

Imagem: Jádson arma para o avanço do lateral Gilberto.

Foto: Mailson Santana/FluminenseOficial.