Caros tricolores,
A noite da última quarta-feira (19) sepultou um pouco mais a vida do Fluminense Football Club. Enquanto o clube da Gávea carrega mais um troféu de peso e dinheiro para a sua prateleira, o nosso Tricolor continua vivendo do passado.
Restou ao Flu se fomentar de publicações nas redes sociais exaltando a linda história que construiu e a escritura em livros de fatos, não tanto relevantes, se comparado à trajetória do presente do nosso maior rival, que nos últimos anos carimbou Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiros.
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Maior rival. Mas será mesmo o Flamengo, ainda, o maior rival do Fluminense? Todo torcedor tricolor deve começar a se questionar. Estariam os maiores rivais do Flu, sentados nas empoeiradas cadeiras de presidente e do conselho deliberativo que se alimentam de um ciclo vicioso de vender o almoço pra pagar a janta? Assistem de camarote ao falecimento de uma instituição centenária, beirando a insolvência. O que é importante? Circular pela aristocrática sede com pompa de importante ou, de fato, priorizar o futebol, cerne da existência do clube e de milhões de adeptos espalhados pelo mundo?
O Fluminense precisa, urgentemente, romper esse modelo feudal e centralizador. No futebol profissional, não há mais espaço para amadorismo. É o que creio que seja. Só amadorismo.
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Noves fora pênaltis claros não marcados, jeitinho brasileiro e dinheiro público, nosso rival rompeu com esse ciclo. Não só ele. Palmeiras, Galo, Athletico se livram dos veteranos para investir em jogadores promissores e competentes. E o Fluminense segue colecionando finais de carreira com salários astronômicos. Na folha salarial do elenco atual é pelo menos, 3 milhões de reais todos os meses jogados fora.
Quer nomes? Felipe Melo (o mais caro do elenco), William (assim como o primeiro, não serviu mais para o Palmeiras), Matheus Ferraz, Fred (é, até ele!), Alan, Thiago Neves (Tô voltando!), Wellington e por aí vai. Esse último, inclusive, após meses sem titularidade, fora escalado numa semifinal e teve falha fundamental para abrir a porteira da eliminação diante do Corinthians em Itaquera.
O que falar sobre os, somados, quase 20 milhões de reais em aquisições de jogadores desconhecidos e questionáveis? Cristiano e Caio Paulista. Também faz parte do modelo de gestão atual deixar o dinheiro do Fluminense vazar pelo ralo por escolhas erradas. Scout, não existe! Os empresários brincam.
E não é só parar de inflar o elenco com ex-jogadores e atletas ruins. Citei o Athletico, mas vários clubes dão exemplo de profissionalismo e resultado. O Independiente Del Valle do Equador tem folha salarial de série C no Brasil e acabou de conquistar a sua segunda Copa Sulamericana. Clube que investe em base, jogadores promissores e que não tem dinheiro para gastar à toa. Lembra alguém? Mas aqui o movimento é outro.
E aí, torcedor. Ainda acha que o Flamengo é o nosso maior rival? Será que não passou a ser os homens que possuem a caneta e posto máximo do clube? Mário? Claro que não. É Mário, Peter, Abad, Hocades, Gil Carneiro de Mendonça, Álvaro Barcelos, Fábio Egipto. Quem é o próximo?
E qual a solução? SAF? Na minha opinião, talvez. Mas isso não decido sozinho. Sócios, decidam com responsabilidade o nome do próximo presidente ou manutenção do atual.
Será que existe alguém…?
Saudações tricolores,
Rafael Siri