Críticos e em processo de cisão com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Peter Siemsen e Eduardo Bandeira de Mello, presidentes do Fluminense e do Flamengo, respectivamente, condenam em que a entidade arrecada bem mais que os clubes. Pelo lado do rival, o rubro-negro afirmou que a diferença é gritante.
– É infinitamente mais. Fizeram um levantamento na imprensa outro dia. Se consideradas as receitas de bilheteria, se somasse todos os clubes até determinada rodada, a Federação já teria uma receita sete vezes maior que todos juntos. Se for ver as outras Federações, Mineira, Paulista, Gaúcha… Elas cobram uma taxa de 5% incluindo as despesas. Nós colocamos isso em documento no ano passado e não tivemos nenhuma resposta, nenhuma solução – disse, lembrando que a cobrança de taxa da Ferj é de 10%.
Já Peter Siemsen lembra que esse tipo de contrato já está em vigor há tempos.
– É um modelo inaceitável de contrato que herdamos do passado. É um modelo que determina um valor integral do campeonato vai para a Federação e, depois, é repassado para os clubes. Quando ganhei a Taça Guanabara em 2012, mesmo criticando, houve a retenção do dinheiro e não me foi pago na data a premiação. Eles me fizeram ir na Federação para receber. Minha decepção já vem de tempos. Mesmo ganhando eu já era crítico. Prefiro criticar assim. A situação é grave. A cada ano, durante o campeonato, são feitas mudanças nos Arbitrais. Como você consegue planejar a sua participação no campeonato? Agora só podemos usar cinco jogadores sub-20, quando o começo do ano é o melhor para você conhecer seus jogadores jovens – disse.