O fim da parceria com a Unimed trouxe um misto de alívio e preocupação no Fluminense. A felicidade com possibilidade de o clube ter mais autonomia contrastava com as dificuldades financeiras, que não cessaram. Muito pelo contrário: o orçamento enviado pela diretoria para análise do conselho deliberativo do clube prevê um déficit de cerca R$ 46 milhões, que só poderá ser evitado com novas receitas. As contas serão votadas na próxima terça-feira, em reunião dos conselheiros nas Laranjeiras.
Em 2014, houve prejuízo de R$ 36 milhões, 27% menor do que a previsão deste ano. A assinatura com Viton 44 e Frescatto trouxeram algum alívio, mas não resolveram o problema, já que as duas patrocinadoras, juntas, pagam certa de R$ 18 milhões anuais com os contratos publicitários. A Unimed investia R$ 30 milhões apenas nos direitos de imagem dos jogadores. Alguns deles como Jean, Wagner e Fred foram incorporados à folha de pagamento do clube.
Para melhorar a situação financeira, o Fluminense espera por, pelo menos, R$ 6 milhões por ano pelas mangas da camisa. Os rendimentos nesta área, no entanto, ainda seriam um pouco menores do que eram até o ano passado.