Contratado no meio do ano passado com status de grande reforço, Cícero deixou o Fluminense no início desta temporada emprestado por 18 meses ao Al-Gharafa, do Qatar. E os atrasos da ex-patrocinadora Unimed foram determinantes para isso acontecer. Quem revela é Mário Bittencourt. De acordo com o vice de futebol, o salário do apoiador estava muito defasado, mas ele ainda pertence ao clube e pode retornar ao fim do compromisso com os árabes.
– É um desses exemplos. Quando chegou, no meio de 2014, o acordo era que ele só começasse a receber da Unimed no início de 2015. Ele recebia só a parte do Fluminense. Isso seria compensado a partir de 2015. Quando se inicia 2015, ele já começa nem recebendo o para trás nem o atual. Imagina a defasagem dele? Recebia algo no Santos e passou a ter só no a parte do Fluminense. Ele percebeu que com o rompimento e a informação do patrocinador que iria parar de pagar, que teria uma defasagem imensa. Ele foi sincero com a gente com a proposta do Qatar e disse que ainda precisava de um ou dois bons contratos. A proposta não tinha como ser coberta. Era boa e fora dos padrões. Era boa para ele e para o Fluminense, que está recebendo um valor alto pelo empréstimo. É atleta até 2018 do Fluminense. Depois desse um ano e meio, e com a gente se recuperando, pode voltar – projeta.
Situação parecida com a de Cícero vive Henrique no Fluminense. O zagueiro, porém, não tem um impacto tão grande nos seus bolsos, pois o clube arca com uma porcentagem maior de seus vencimentos.
– A diferença do Henrique é que os valores, de maneira proporcional, a parte que o Fluminense paga é maior. Não falo em valores absolutos, mas a participação do Fluminense percentual é maior. Há a defasagem, mas menor. O Henrique jogou muitos anos na Europa e queria muito voltar ao Brasil, até por questões de família. Por isso, ele deve estar tratando sua pendência com o nosso antigo patrocinador. A ele, especificamente, não vem causando um problema muito grave essa falta. No caso do Cícero foi diferente – explicou o dirigente.