Sem a Unimed, Conca poderia até ter ido jogar pelo Flamengo. Se dependesse do jogador, isso não seria problema. Mas Mário Bittencourt se recusou a liberar o apoiador para o rival. O vice de futebol lembra das conversas com o apoiador, que chegou a negociar com o Rubro-Negro, e recusou-se a ficar nas Laranjeiras.
– O Conca não ficou no Fluminense para não desagradar o antigo patrocinador. Não quis acionar o antigo patrocinador pelos valores que não vinha recebendo. Tanto que não quis negociar a nossa proposta. Como torcedor, você se sente (traído pela negociação com O Flamengo). Como dirigente, vivo no futebol há muito tempo. Não se pode o cara negociar e reclamar do planejamento. Dias depois, o Fred assinou a renovação e elogiou o planejamento. Eu fui firme para ele: para o Flamengo não libero de jeito nenhum. O Flamengo, através do Rodrigo Caetano, procurou o Fluminense e achava que tinham falado com o Conca antes. Outro dia, vi uma entrevista do Caetano que ele confirmou isso. Agora, eu tenho certeza ao falar: ele, de fato, chegou a conversar. Falei para o Edu Gaspar (dirigente do Corinthians) lá nos Estados Unidos que também não liberaria para o Corinthians. Ele chegou a falar que ficaria sem problema até se recebesse só o que Fluminense pagava, mas não queria entrar em confronto com o antigo patrocinador. Dois dias depois, chegou a proposta da China e ele mudou o discurso, dizendo que queria ir. Eu majorei a proposta dele, mas não quis. Ele é vencedor, eu o respeito. Não falaria qualquer coisa que desabonasse o que ele já fez. Mas não iria fazer ele ficar por uma proposta que não digo irrecusável, porque isso não existe. Não existe irrecusável, porque o Fred, por exemplo, recebeu proposta parecida e não aceitou. Com todo o esforço que fiz pelo Fred, não chegaria nem perto. Ele fazia parte do planejamento, mas arrumou um ótimo segundo contrato na China. Eu respeito isso – disse.