Mário Bittencourt rebateu com veemência a proposta feita por Rubens Lopes na tentativa de conciliar Fluminense e Vasco na questão do lado das torcidas no Maracanã. O vice de futebol tricolor admitiu que o presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) tentou chegar a um meio termo, mas este é rechaçado, uma vez que o clube das Laranjeiras tem direito por contrato e, hoje, é um dos donos do Maracanã.
– É claro que existe a cláusula. Eu não sou obrigado a mostrar a cláusula a ninguém. Não é cunho de nenhuma federação decidir onde ficam a torcida de cada clube. Não é questão de cunho pessoal. É questão comercial de um acordo que fizemos com um grupo privado que administra o Maracanã. Flamengo e Fluminense têm seus lados no Maracanã por questões comerciais. O Vasco se colocou duas vezes do lado esquerdo antes, porque tem de respeitar o contrato. Essa é a maior prova que existe. O Vasco não se habilitou na concessão. Vasco e Botafogo fizeram contratos esporádicos para jogar no Maracanã, mas todos respeitando os anteriores, de Fluminense e Flamengo Quer dizer que amanhã num jogo entre Vasco e Palmeiras na Arena Palmeiras, se o Vasco disser que sua torcida vai ficar no lado da social do Palmeiras, a CBF tira o jogo de lá? O estádio hoje é de Fluminense e Flamengo. Não houve nada proposital. Não pensamos: “ah, vamos tirar uma torcida daqui ou dali”. No futuro vai ter loja lá e a torcida do Fluminense não vai poder ter acesso nos jogos contra o Vasco? Isso é futebol moderno. O Maracanã está sob gestão particular. O Fluminense tem um contrato de longo prazo. O Fluminense não vai aceitar proposta de conciliação para tirá-lo do seu lado no seu estádio. A proposta do presidente foi conciliatória. Não temos nenhuma objeção ao Engenhão. É um estádio que comporta bem os jogos – disse.