Conselho aprovou percentual mínimo de ingressos em jogos de clubes de menor porte (Foto: Divulgação)
Conselho aprovou percentual mínimo de ingressos em jogos de clubes de menor porte (Foto: Divulgação)

Mais uma vez, Flamengo e Fluminense entraram em rota de colisão com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj). Ao constatarem distorções nos borderôs das partidas da competição por conta dos números de público estarem abaixo do número de ingressos lançados como utilizados e a inclusão das cotas de TV pela entidade, os clubes fizeram críticas. Já, do outro lado, o Botafogo se esquivou e adotou um tom apaziguador junto à Ferj. O Vasco não fez qualquer comentário.

Fluminense e Flamengo vêem tal medida como prejudicial, principalmente, aos clubes de menor investimento. No Arbitral, foi aprovado o percentual mínimo de ingressos em jogos de agremiações mais modestas.

 
 
 

– Vemos os pequenos bastante prejudicados, sem condições de fazer um planejamento para impor um crescimento sustentável para o futebol carioca em nível nacional. Hoje, o Macaé obteve um grande resultado na Série C, mas tem sido um fato isolado se compararmos com Santa Catarina e São Paulo. A organização do campeonato deveria fazer um investimento na melhoria das condições dos gramados e dos estádios desses times para valorizar o produto para os espectadores, bem como pensar em ações, como a contratação de um jogador de um nível salarial maior para cada clube (excetuando os quatro grandes), e valorizar o interesse. Além disso, muitas outras ideias poderiam ser implementadas. Para isso, precisaria reduzir o percentual da retenção da Ferj nas receitas geradas pelo campeonato e ter um plano de longo prazo para dar segurança aos patrocinadores e investidores – analisou o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, que continuou:

– Obviamente que visa passar uma falsa informação sobre o resultado financeiro. Portanto, não podemos concordar com isso. Existe uma realidade e essa tem de ser tratada como tal. Dificilmente você consegue resolver um problema se não reconhece a existência do mesmo.

Pelo lado do Flamengo, o departamento de comunicação também condenou a prática:

– Apresentar como ingressos utilizados um número diferente daquele que reflete a quantidade de pessoas no estádio assistindo ao jogo, acaba por mostrar uma fotografia que não condiz com o que ocorre nos estádios. Tanto pelo interesse do público, quanto do ponto de vista financeiro.


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