Em 2003, a seleção brasileira sub-17 conquistava o Mundial da categoria, derrotando a Espanha de David Silva e Fábregas. Um dos destaques daquele time, muito provavelmente, apenas o torcedor do Fluminense conhece: Juliano.
Hoje com 28 anos, o apoiador, que adotou o sobrenome mineiro, apesar de ser carioca, joga no futebol tailandês, após passagem pelo Paraná. No Flu, apareceu nos anos 2000 como promessa, que jamais vingou.
– Foi uma surpresa, porque nunca tinha ouvido falar do campeonato na Tailândia. Estava no Paraná jogando a Série B e meu irmão me falou da proposta. Estava sem receber e a situação estava complicada. Vi que lá na Tailândia os clubes pagavam em dia e decidi aceitar. O campeonato é organizado, a torcida comparece em peso, os estádios são novos. Tudo me surpreendeu demais! Quem vai para lá não quer mais voltar, porque é um país muito tranquilo e a qualidade de vida é ótima – contou o meia, recordando da final da Copa do Mundo sub-17:
– Aquela seleção tinha muitos caras bons, como o Arouca, que foi criado comigo em Xerém, o (lateral direito) Jonathan, que hoje está na Inter de Milão, o (zagueiro) Leonardo, ex-Santos, o Éderson, meia da Lazio, o (atacante) Abuda, o (atacante) Roncatto… A final foi uma partida dificílima, lembro desse jogo até hoje. Pode ver que praticamente todos os caras da Espanha que atuaram nesse dia depois acabariam chegando à seleção principal. Vou ser sincero: a verdade é que achamos um gol e seguramos o 1 a 0, porque o time deles era muito forte. Mas a gente era bom também, e tivemos muita raça.