Com passagens pelo Fluminense como jogadores e agora comentaristas, Roger e Belletti tentaram entender o motivo de o time ser tão irregular. O primeiro, revelado no clube, diz que falta um atacante de velocidade e motivação ao elenco, que na opinião dele, é qualificado.
– O Fluminense é uma incógnita. A gente sempre espera mais de um elenco que é recheado de grandes talentos, grandes jogadores. A chegada do Cristóvão, que deu um padrão de jogo muito interessante, de um time envolvente, que toca a bola com facilidade e tem muita movimentação. Falta um jogador de velocidade, que possa quebrar a marcação da equipe adversária, mas virou um time modelo com a chegada do Cristóvão. E o time foi perdendo força com o passar da competição. Quando parecia que ia engrenar, perdia pontos em casa para equipes menores. A gente não consegue perceber o que acontece, se é falta de entusiasmo, o tempo de casa de alguns jogadores. Essa indefinição da patrocinadora, se ela vai permanecer. Jogadores que recebem só do clube com algum atraso. Eu não consigo entender o que acontece com o Fluminense. Peças e talento existem no clube. Falta motivação, falta um time mais engajado e isso não é só com o Fluminense. O futebol do Rio de Janeiro tem decepcionado faz algum tempo – opinou Roger.
Para Belletti, a filosofia implantada por Cristóvão Borges no início do trabalho, que fez o time jogar bonito, acabou não conseguindo se manter:
– Eu acho que não aguentou o ritmo do sistema do jogo. Com a sequência o time foi se desgastando, perdendo o potencial da marcação. Trocava de jogador e não conseguia manter o sistema. Foi perdendo o nível de alta intensidade que manteve, principalmente, no início da competição. Eu acho que pelo grande número de jogos e a falta de alguns jogadores para o ataque, que podiam manter esse nível de marcação, aí deixou a desejar.