Bruno Veiga, até hoje, detém o título de maior artilheiro das divisões de base do Fluminense. Foram 171 gols, mas pouquíssimas aparições no time profissional. Emprestado várias vezes, se aventurou no exterior, onde lhe rendeu boas histórias, como o caso da “Bruxa de Blair”, quando tinha 16 anos, e passou por uma experiência no Fulham (ING).
-Achava que ia ficar num hotel, mas me levaram para uma casa de família que eu não conhecia ninguém, porque clube paga famílias por mês para acolher jogadores estrangeiros pra não pagar hotel e ir acostumando com o ambiente do país e o idioma. No começo, eu fiquei assustado, e, pra piorar, me colocaram para dormir numa espécie de sótão, que nem filme de terror. A mulher que era dona da casa era uma velha e eu via muito filme de terror. Eu, novo em Londres, sem saber a língua, pensei: ‘Essa mulher é uma bruxa!’. Logo lembrei do filme A Bruxa de Blair. Ficava pensando: ‘O que será que ela está tramando contra mim? – contou o atacante, aos risos.
Outra história curiosa envolvendo Bruno Veiga aconteceu quando ele viajou para a Ásia para jogar um torneio juvenil com o Fluminense. Após arrebentar e dar o título à equipe das Laranjeiras, ele acabou gerando um belo prejuízo no aeroporto.
– Era Mundial de Clubes em Hong Kong, no qual eu fiz os gols da semifinal e do título. Chegando ao aeroporto, descobri que tinha perdido a passagem, e os caras não queriam me deixar voltar ao Brasil, o ‘chinês’ não queria me deixar entrar no avião! O Fluminense desembolsou quase R$ 6 mil só pela minha passagem! – recordou.