Foto: Divulgação
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Wellington Silva despontou no Fluminense com a expectativa de se tornar um grande craque. Apontado como revelação das divisões de base, foi negociado com o Arsenal, da Inglaterra, antes mesmo de atuar pelos profissionais, sonho esse que viria a realizar depois. Pelo clube inglês, o atacante ainda não teve chances por não possuir o passaporte europeu e acabou emprestado para clubes de menor porte na Espanha. Já passou por Levante, Alcoyano, Ponferradina e Murcia. Agora, está no Almería. Mas, quem sabe, um dia não volta a vestir as três cores que traduzem tradição? Ele admite ter esse desejo.

– Tenho essa vontade. Penso nisso no futuro – revela.

 
 
 

Em entrevista exclusiva ao NETFLU, Wellington Silva fala sobre isso e muito mais. Conta como foi sua saída do clube, seus planos na Europa e o sonho de disputar a Olimpíada no Rio de Janeiro em 2016. Veja aqui a íntegra da conversa com o atacante de 21 anos:

Sair muito cedo do futebol brasileiro e com grande expectativa em seu futebol atrapalhou um pouco?

Sei que quando o jogador não aparece muito, cria-se expectativa. Não gosto de dizer que atrapalhou, porque se olhar para trás, vou enxergar uma outra pessoa. Agora estou mais maduro e evoluí na parte tática e fisicamente, crescimento este que tive jogando na Espanha.

Você quis sair do Fluminense?

Essa decisão não foi minha, exclusivamente. Quando assinei com o Arsenal, o negócio foi bom para o clube e para mim. Foi uma decisão em conjunto. De qualquer forma, o meu sonho de criança era me tornar um jogador profissional. Sonho que o Fluminense me proporcionou.

Já teve propostas de clube brasileiro? Se sim, pode dizer qual (is) ?

Sim, mas acho melhor não citar clubes para não criar expectativas. Hoje tenho um plano de carreira na Europa e gostaria de segui-lo.

 

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Você foi visto em redes sociais com camisas do Flamengo e do Botafogo. Jogaria por algum rival do Fluminense?

Na realidade uma dessas fotos eu tinha 12 anos. Não existia paixão por nenhum clube. Era brincadeira de adolescente. Quando comecei a jogar pelo Fluminense, infelizmente, essas fotos apareceram de forma inoportuna. Eu nem lembrava disso! Sou profissional e, apesar de jogar por qualquer clube, tenho um carinho pelo Fluminense, que no futuro gostaria de retribuir voltando ao clube.

Qual o seu time?

Uma das coisas que aprendi ainda mais em quatro anos de europa é esse lado profissional. Hoje, posso dizer com muita tranquilidade que não tenho um time. No momento, torço pelo Almeria, que é o clube que paga meu salário, e acompanho os jogos do Fluminense, pela amizade que deixei com as pessoas do clube.

Daí, você acompanha o Fluminense. Também torce para o clube?

Sim, sempre que posso assisto aos jogos. Recentemente, vi a partida contra o Internacional e Atlético Mineiro. Apesar de sempre repetir esse lado profissional, o Fluminense é o clube que tem tratamento diferente, por tudo que vivi desde as categorias de base.

Ainda mantém contato com alguém no Fluminense? Ainda tem amigos jogando no clube?

Sim. Sempre que passo férias no Brasil encontro a rapaziada. Tenho mais contato com o Rafinha do elenco atual. Também já fui em estádios assistir os jogos dos juniores quando estou de férias no Rio.

Voltaria algum dia? Tem essa vontade?

Claro. Tenho sim, penso isso no futuro.

Quais são seus planos de carreira no momento?

Tenho contrato com o Arsenal até meados de 2016. Espero no inicio do ano receber o passaporte europeu, que facilitaria meu retorno, pois não contaria como estrangeiro no elenco. De qualquer forma, meu pensamento, neste momento, é ser lembrado para jogar na Seleção Olímpica.

 

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O que o Arsenal planeja para você? Há alguma previsão de quando poderá ser utilizado por lá?

O Arsenal tem me acompanhado de perto e investido muito em mim. Eles tem uma pessoa na Espanha que acompanha todos meus jogos. Já deixaram claro que querem contar comigo o quanto antes. Devido à rigidez na Inglaterra para obter o visto de trabalho, somente poderei jogar por lá quando meu passaporte europeu for aprovado, processo que já está em fase final.

Até onde sua atual equipe, o Almería, pode chegar? Quais as metas?

O Almería ano passado terminou no meio da tabela. Esse ano o objetivo é pelo menos conseguir uma vaga na Liga Europa.

Sonha com seleção brasileira?

Todos os dias (risos). Penso em poder atuar nos jogos Olímpicos na minha cidade e até jogar uma copa do mundo. Um passo de cada vez. Mas neste primeiro momento, foco para ser lembrado pelo professor Alexandre Galo para ter uma chance de jogar as Olimpíadas no Brasil.


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