24_ZOOMTrês jogos sem vencer para ambos os lados. Fluminense e São Paulo entraram em campo, no Morumbi, tentando afastar a crise de resultados ruins nos últimos jogos. As equipes ainda buscavam o triunfo para se aproximar dos líderes. Num jogo amarrado, o Time de Guerreiros foi superior e meteu 3 a 1, se reaproximando do G4.

Mais recuado do que de costume, o Fluminense fazia um jogo cauteloso, inclusive abdicando, muitas vezes, de marcar os atletas do São Paulo no campo de ataque. Bem postado defensivamente, a equipe preocupava apenas no posicionamento da chamada “linha burra”. Quase sempre com lançamentos em profundidade, os paulistas apareciam frente a frente com Cavalieri, geralmente na figura de Alexandre Pato. Atenta, a arbitragem anulava os lances. Ufa.

 
 
 

Com Fred centralizado, mas buscando jogo e marcando até no campo de defesa, além de Wagner e Cícero numa noite menos intensa do que em partidas anteriores, a equipe de Cristóvão Borges não deu nenhum trabalho para o goleiro Rogério Ceni. Em contrapartida, Cavalieri teve apenas um momento de protagonismo, quando fechou bem o ângulo de Pato, fazendo grande defesa. O domínio técnico parecia ser do São Paulo, apesar da maior posse de bola do Time de Guerreiros.

Na segunda etapa, uma mudança de postura dos times deixou o duelo bem mais interessante. Parecendo jogar por uma bola, o Fluminense abriu o placar com 9 minutos: Conca recebeu passe de Cícero pela direita e cruzou para Fred que, completamente livre de marcação, dentro da grande área – se estica e escora para o fundo das redes. O Tricolor largava na frente! A comemoração, porém, durou muito pouco. Dois minutos depois, eis que a arbitragem entra em campo. Em posição de impedimento, Alan Kardec recebe pela direita, olha para o meio da área e cruza na direção de Pato. De primeira, o atacante manda para o fundo das redes. A bola ainda chegou a bater no arqueiro tricolor antes de entrar.

A partida ficou bem mais interessante. Rafinha, improvisado na lateral-direita, na etapa final, duelava com Kaka, sem medo. Marlon, um leão, esbanjava elegância. O sistema defensivo dava conta do recado até que, num contra-ataque, o adormecido Wagner, acordou com um golaço. Depois de deixar o zagueiro de bumbum no chão, o meia mandou para o fundo do gol, de pé direito. A cereja no bolo veio dos pés de Conca. Cobrando falta magistralmente, o argentino tirou Ceni da foto e fechou o caixão. Bye, bye, São Paulo! Que venha o Bahia e o G4!


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