Depois da ameaça de os árbitros de parar o Brasileiro, o presidente da Comissão Nacional, Sérgio Corrêa, comentou sobre a profissionalização dos homens que dirigem os jogos. Ele não acredita que será tarefa fácil.
– Temos o problema da dimensão continental do país e da disponibilidade de árbitros para as competições. A CBF não tem árbitro, pega material humano emprestado das federações por uma temporada. Pegamos árbitros que vêm de competições tecnicamente não tão fortes como o campeonato nacional, o que traz árbitros não tão preparados e aí a conta não fecha – explicou Corrêa, que continuou:
– Vamos colocá-los onde? Em um estádio, é possível, mas vão ter de deixar suas atividades profissionais e viver de arbitragem. E se após uma temporada nós os dispensarmos, vão atuar onde? Jogador muda de clube e desanda a fazer gols, eles não. As leis trabalhistas inviabilizam financeiramente a situação. A CBF tem recurso, poderia investir, mas se fizer a soma vocês vão ver onde vai parar. Seria tão elevada que o efeito prático não vai ser a perfeição. Ele seguem sendo seres-humanos.