A CBF passou a orientar os árbitros brasileiros a extinguir a interpretação baseada apenas na intenção do jogador em tocar ou não a bola com a mão nas faltas. Porém, Massimo Busacca, chefe do departamento de arbitragem da Fifa, tem um discurso completamente diferente.
– Existe o movimento natural de pular, ou correr, que você não pode fazer com as mãos coladas no corpo. Se a bola bate na mão em casos assim, é claro que não é falta. Da mesma forma, quando um jogador desliza para tentar cortar um cruzamento, não é natural que ele levante a mão. Aí sim é falta. Os árbitros têm que entender quando o jogador faz um gesto para ampliar a área do corpo. O árbitro não tem que pensar só como árbitro, nem o auxiliar só como auxiliar. Eles têm que entender o que o jogador pretende ao fazer um movimento. Os braços fazem parte do corpo. Marcar falta toda vez que a bola bate no braço é um desrespeito ao atleta. Os braços fazem parte do corpo, é importante para encontrar equilíbrio – orientou Busacca.