Uma das engrenagens da Máquina Tricolor terá sua história contada na telinha ou na telona. Horácio Narciso Doval, ou simplesmente Doval, vai virar filme, através do tricolor Sérgio Rossini, e de Federico Bardini, argentino como o ex-craque, mas torcedor rubro-negro
– Na realidade, o gancho é que ele nasceu em 1944 e estaria fazendo 70 anos no início de 2014. A gente até está um pouco atrasado, porque começamos a fazer o filme no ano passado com intenção de ficar pronto nesse ano. A gente espera acabar até o final do ano para poder casar com essa data de 70 anos. Vamos fazer uma algumas entrevistas ainda na Argentina e nos Estados Unidos, onde ele encerrou a carreira – disse Rossini, que lançará “Doval: o gringo mais carioca do futebol”, provavelmente em 2015.
– Há vários filmes do Pelé, do Zico, há um ótimo filme sobre Garrincha, mas não tem um sobre o Doval. Lógico que outros craques merecem filme, mas a vida do Doval é uma vida de filme mesmo, cinematográfica. Além de um ídolo de futebol, também foi uma figura pública bem interessante e popular. É um personagem carioca, que andava de moto em Ipanema sem capacete e nem chinelo. Quando era parado por policiais, logo era liberado. Era pão-duro. Falava “Ídolo não paga”. Há uma padaria famosa aqui em Ipanema aonde ele tomava café diariamente e não pagava. Dizem que o português de lá ficava p… – afirmou Bardini, às gargalhadas.
A dupla buscam doações para o lançamento da película num site de financiamento, mas até agora só conseguiram cerca de R$ 400 dos R$ 129 mil que pretendem arrecadar. A dupla afirma que os doadores terão o nome incluído nos agradecimentos e poderão ganhar brindes. O valor da contribuição define a recompensa.
Pelo Fluminense, o argentino Doval disputou 141 partidas e marcou 71 gols. Em seus primeiros 27 jogos, balançou a rede 19 vezes. Em 1976 venceu quatro títulos importantes da época: o Estadual, Teresa Herrera, Copa Viña del Mar e o Torneio de Paris.
Doval morreu em outubro de 1991 aos 47 anos, vítima de parada cardíaca.