Personagem da semana no Fluminense, o zagueiro Fabrício acabou sendo apontado como um dos grandes vilões da eliminação do time na Copa do Brasil. Entrevistado pelo site Globoesporte.com fez um mea-culpa, mas demonstrou confiança em ganhar a confiança da torcida. Confira o papo na íntegra abaixo:
Revendo os lances dos gols do América-RN, como você classifica sua atuação naquela partida? Reconhece que cometeu falhas?
– Sim, reconheço que cometi falhas, assim como todo o time. Não vivemos uma noite boa. Mas os erros já foram conversados para que não se repitam no futuro.
Em alguns momentos você e Elivélton pareceram intranquilos. Isso.pesou? Faltou ritmo aos dois?
– Não vejo dessa forma. Entramos totalmente focados na partida, cientes de que o campo estaria molhado, pesado e que enfrentaríamos um time que poderia nos causar problemas. Estou em boa forma física, melhorando meu ritmo de jogo a cada partida.
Durante o jogo, a torcida começou a vaiar alguns jogadores e pegou muito no seu pé (veja no vídeo ao lado). O que sentiu naquele momento? Aquilo atrapalhou?
– É claro que você acaba ouvindo. Mas desde a base, eu aprendi a entrar focado somente no jogo. Esquecer o que acontece do lado de fora, esses aspectos extracampo. Portanto, isso não interferiu na minha atuação dentro de campo.
Cristóvão e os jogadores dividiram responsabilidades após o resultado, mas a torcida criticou muito a defesa e você foi eleito um dos culpados. Não injusto colocarem a culpa sobre um setor ou um atleta?
– Com certeza. Mas o torcedor é movido pela paixão, é normal que aconteça esse tipo de julgamento no calor do momento. O que importa é que o professor Cristóvão e os companheiros me deram apoio para que eu possa levantar a cabeça e dar a volta por cima logo.
O que Cristóvão, jogadores e dirigentes disseram a você? O diretor Paulo Angioni disse que você tem apoio total do clube. Como está sua cabeça depois de tudo isso?
– Quem me conhece, sabe que dou meu máximo em campo e, quando as coisas dão errado, eu fico chateado. Mas jamais deixo me abater. Sei que conseguirei dar a volta por cima.
Teme uma perseguição da torcida?
– Não creio que isso vá acontecer. Foi uma noite infeliz, como eu disse. Mas estou trabalhando para melhorar e ajudar o Fluminense. Visto essa camisa com muita honra e sempre me esforço ao máximo quando estou dentro de campo.
Acredita que será relacionado para o clássico? Está bem para jogar?
– Isso é com o professor Cristóvão. Se ele precisar de mim, estarei à disposição, pronto para entrar e ajudar o time.
Está confiante para jogar uma partida que ganhou mais peso após a eliminação?
– Sim, com certeza. Estou completamente preparado para ajudar o Fluminense. A eliminação não podia ter acontecido, mas foi uma coisa que ficou para trás. Acertamos nossos erros e precisamos recuperar a confiança já no domingo.
Foi apenas sua quarta partida pelo time. Como avalia seu desempenho até aqui?
– Tenho muito a melhorar, ganhar mais ritmo de jogo e mais confiança, realizando atuações seguras. O jogo contra o América-RN foi uma exceção.
Pediria um voto de confiança aos torcedores?
– Com certeza. Eu e todos os jogadores do Fluminense sabemos da importância da torcida. E tenho certeza que eles irão nos apoiar ainda mais. Entendemos quando eles vaiam e nos criticam, mas agora é a hora de apoiar e nos empurrar para as vitórias. Conto também com o apoio deles.