cmNão foi dessa vez que o torcedor, no geral, saiu ganhando. Depois da promessa, até o final da temporada, de uma política de ingressos com preços populares, o Fluminense voltou atrás na decisão e dobrou o valor (elevando de R$10 para R$20). O intuito era evitar um maior esvaziamento do quadro de sócio-futebol, já que o plano não tinha vantagem significativa se comparado ao preço dos bilhetes praticados pelo Time de Guerreiros. Outra justificativa focou-se nos gastos do clube, que não eram supridos com a renda – em torno de R$500 mil por jogo -, apesar da média de 29.249 torcedores até aqui, nas partidas realizadas no Maracanã.

Um dos primeiros a perceber esse cenário, o vice-presidente de projetos especiais, Pedro Antônio, responsável direto pela continuidade da construção do centro de treinamento do Fluminense, na Barra da Tijuca, sugeriu o aumento. Contrário a ideia, o braço direito de Peter Siemsen, Jackson Vasconcelos, teria entrado em rota de colisão com o dirigente. Os efeitos colaterais da discussão respingaram no gerente de arenas, Carlos Eduardo Moura, o Cadu. Autor da iniciativa dos preços populares, Cadu teve o seu pedido de demissão aceito pela presidência, depois de duas recusas.

 
 
 

Pouco conhecida pelos torcedores do Fluminense, a gerência de arenas foi uma ideia da gestão de Peter Siemsen. Dentre as atribuições, na sua origem, estavam: a implantação de um processo de venda de ingresso sem transtornos para o torcedor e menos vulnerável à ação de cambistas; o planejamento e a execução de distribuição organizada dos ingressos de cortesia, bem como a normatização da relação do clube com suas torcidas organizadas. Na última quarta-feira, através de uma rede social, Carlos Eduardo Moura se despediu do Fluminense com o seguinte texto:

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Mensagem de despedida de Cadu, como era conhecido o gerente de arenas (Foto: Reprodução internet)

O portal NETFLU tentou contato com o ex-funcionário do clube, que já assinou sua rescisão contratual, para mais esclarecimentos acerca da situação. Porém, evitando entrar em polêmica, Carlos Eduardo Moura foi breve quando questionado se a demissão tinha realmente a ver com o descumprimento da promessa do Tricolor com relação a quantia cobrada pelos ingressos.

– Obrigado pelo interesse, mas nada a declarar. Alinhei o discurso com o clube, em comum acordo. Desculpe por não poder ajudar – disse ao site numero 1 da torcida tricolor.

Apesar do desligamento, Carlos Eduardo Moura ainda cumprirá alguns dias no clube, segundo a assessoria de imprensa. Em breve, seu lugar deverá ser ocupado por outro nome, ainda não definido pela cúpula tricolor.


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