Faltou pouco, mas muito pouco para o Time de Guerreiros sair de Porto Alegre com um resultado diferente da derrota. Se não fosse o dia inspirado do goleiro adversário, o placar não ficaria no 1 a 0 para os gaúchos. Mas, sendo um esporte que não caminha, obrigatoriamente, com a justiça, o melhor acabou saindo derrotado de campo.
O Fluminense iniciou de maneira cautelosa o confronto. Ciente da força do Grêmio dentro da Arena, os comandados se Cristóvão Borges esperavam um erro do time gaucho, para sairem no contra-ataque. Fred e Barcos, muito bem marcados, pouco participavam das ações. As equipes se respeitavam muito.
O primeiro lance agudo aconteceu aos 25 do primeiro tempo. Depois de uma grande jogada pela direita, Bruno cruzou, de pé trocado, para Fred. O camisa 9 cabeceou com estilo, para baixo, mas Marcelo Ghroe operou um milagre. O Fluminense acordou. Dois minutos depois, Sobis deu lindo arremate, obrigado ao arqueiro adversário praticar nova defesa espetacular.
A partir de então, o tricolor passou a tomar as rédeas do confronto, nao deixando o Grêmio jogar. Mas o futebol não é justo. Tanto que, mesmo sendo senhor do duelo, até então, sofreu um gol aos 36, apos bobeada de Jean, que não conseguiu fazer uma boa leitura do lance.
Depois do gol, o Time de Guerreiros pareceu ter sentido o golpe. Voltando a recuar mais do que o necessário, viu o grêmio se aproximar mais da sua área. A defesa, porém, fazia o dever de casa. Veio a etapa complementar e, com ela, uma retomada da supremacia. Com a consciência recobrada, os guerreiros . Impondo seu jogo novamente, a equipe quase chegou ao empate.
Aos 22, um lance que mudou o andamento da partida. Durante escanteio, Fred, num desentendimento com Alan Ruiz, esboçou esganar o adversário, segundo o seu pescoço. Numa manobra circense, o jogador gaúcho fingiu agressão. Alertado pelo assistente, Sandro Meira Ricci puxou o segundo amarelo, tirando o camisa 9 de campo. Mas, calma. Para quem imaginou que a partida fosse mudar completamente de quadro, ela até mudou. E foi de maneira positiva. Colocando Chiquinho e Biro Biro no lugar de Diguinho e Conca, respectivamente, Cristóvão viu seus atletas sufocando o Grêmio. Com a mobilidade de ambos, aliada com a técnica apurada de Walter, o esquadrão verde, branco e grená chegava muito próximo ao empate.
O dia, contudo, não era de festa. Embora o Fluminense merecesse uma sorte melhor, o gol não saía. Até o apito final, os tricolores dominavam os gremistas, sem acertar o arremate final. Em uma tarde de outra boa atuação, o resultado acabou não sendo o esperado. Que venha o São Paulo!