Ricardo Tenório pediu exoneração do cargo de vice-presidente de futebol do Fluminense. Segundo ele, o trabalho não estava sendo desenvolvido como gostaria em razão de vaidade pessoal. O agora ex-dirigente, porém, não declarou qual ego seria o mais forte na queda de braços entre Peter Siemsen e Celso Barros. Só tem a certeza de que o clube não se impõe diante de seu patrocinador.
– Os presidentes se engalfinham. Não consigo desenvolver o que acredito dentro desse modelo. Em reino dividido, nada prospera. Não posso aceitar ouvir situações que deixam o Fluminense, enquanto instituição, em segundo plano. É muita vaidade pessoal. E aí, como faz? Minha saída não é uma saída contra o patrocinador. Ele investe, tem que participar da mesa de negociação, sentar, dar opinião mesmo. Mas o Fluminense também. Como ele mesmo (Celso Barros) disse outro dia, o Fluminense tem que ter vida própria. Tem que sentar na mesa não com pires na mão, mas fortalecido e não ficar pedindo ajuda. É uma parceria, não é uma ajuda. É uma instituição inserida no futebol, que movimenta milhões. Como a situação está, é difícil. Não é perene, oscila muito. Uma hora é campeão, aí vão defender o modelo, mas também quase foi rebaixado nesse modelo. Não é garantido que tenha evolução. Vejo a coisa estacionada, com espasmos. Uma hora para cima, outra hora para baixo. Sempre no nível que não evolui. É complicado. Não consigo enxergar uma melhora – disse Tenório ao GloboEsporte.com.