Dirigente conduz conversas para possível implementação do projeto no clube
Em áudio vazado que viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira, o vice-presidente geral do Fluminense Mattheus Montenegro, explicou um pouco mais sobre o processo de implementação da SAF e como ele está sendo conduzido pela atual diretoria do clube. Em sua fala, ele também defende Mário Bittencourt, atual presidente, caso o mesmo assuma o cargo de CEO da futura empresa.
O áudio consiste em pouco mais de cinco minutos de Montenegro comentando uma nota publicada por Lauro Jardim no jornal “O Globo”, que foi rebatida em uma nota oficial publicada pelo próprio Fluminense nessa última terça-feira. Leia a nota na íntegra clicando aqui.
— Deixa eu te explicar. O banco, como já falamos algumas vezes, está no mercado buscando propostas de investidores. Tem a indicação de um interesse. Essas coisas que saem na imprensa, são coisas que o banco está conversando com os investidores, mas não temos sinalização firme do que vai acontecer. Tem muita gente se aproveitando para falar bobagem — iniciou Montenegro, acrescentando:
— A nota diz que teria um aporte de R$ 500 milhões, e o valuation de R$ 850 (milhões). Só que essa operação não faz sentido, porque ele fez uma regra de três. Só que a verdade é que faz toda diferença na operação a assunção da dívida. O investidor assume a dívida ou não. Qual o investimento mínimo em folha e aquisição de atleta? Qual o repasse para clube social e esporte olímpico? Qual o investimento mínimo na base? — seguiu o dirigente, comentando sobre Mário:
— Em relação à parte do Mário, isso não foi sequer discutido. É normal que se tenha essa pergunta, se a administração fica ou sai. Mas isso nunca foi dito para nós em lugar nenhum. Como é ano eleitoral, alguns estão com interesses pessoais e políticos, tentando criar um caos. Tenho certeza de que, quando a gente puder, vamos fazer um amplo debate. Não vai ter correria. Se a gente quisesse fazer correndo, a gente fazia depois da Libertadores. Estamos fazendo agora porque é um processo cauteloso. Segundo, qualquer pessoa que fizer a aquisição vai cogitar a manutenção do Mário. E, se dependesse de mim, seria ele. Olha o que o clube era em 2019 e olha o que é hoje. Olha a receita, olha o equacionamento da dívida, os salários em dia, ganhar título… Tem muitas críticas que são feitas com relação a coisas pessoais. Mas, se olhar o clube antes e depois da gestão, é incomparável. Se eu fosse um possível investidor, eu deixaria o Mário. Ele (investidor) pode escolher quem quiser – disse.
Lembrando que haverá uma reunião marcada para o dia 14 de abril entre as diretoria do clube verde, branco e grená e os conselheiros da instituição para esclarecer detalhes sobre o projeto SAF. A ideia é ter mais transparência e elucidar os pormenores antes da apresentação da proposta que deve acontecer no meio do ano.
A convocatória foi feita pelo presidente Mário Bittencourt e vice Mattheus Montenegro junto a Ivan Perrone, presidente do Conselho Deliberativo e também tratará sobre outros temas relevantes do clube.