Improvisado no setor, atleta se encontrou em nova posição e chegou até na seleção brasileira
Campeão da Libertadores e da Recopa Sul-Americana pelo Fluminense em 2023 e 2024, o técnico Fernando Diniz já havia passado pelo clube antes, em 2019. Naquele ano, acabou demitido do clube também por maus resultados no Campeonato Brasileiro, mas deixou um legado especialmente para um jogador em particular.
Trata-se de Caio Henrique, meia de origem, mas que se encontrou como lateral-esquerdo graças ao treinador, indo para a Europa, se destacando com a camisa do Monaco (FRA) e chegando até mesmo à seleção brasileira na posição. Em entrevista ao “Charla Podcast”, Diniz contou como foi essa transformação.
– O Caio Henrique eu tinha jogado contra pelo Athletico-PR contra o Paraná em 2018. Quando vou jogar contra, eu assisto pelo menos de quatro a cinco jogos do time adversário. Eu chamava ele de “russinho”, porque ele era loirinho. Falei: “Esse russinho é bom jogador para caramba, mas ele não é camisa 10. Não entra na área, mas joga bem é habilidoso”. Ele jogou de 10 e de falso 9 naquele jogo – contou Diniz, complementando:
– O Paraná caiu naquele ano, foi o último colocado do Brasileiro. Quando eu fui para o Fluminense em 2019, eu falei: “Vou ligar para aquele russinho lá” (risos). Arrumei o telefone dele, ele era do Deco (empresário), não sei se ainda é. Liguei para ele e falei: “Então, você quer vir para o Fluminense? Mas você não é camisa 10, não”. Ele falou: “Não, professor, então, eu também jogo de 8 e já joguei de ponta no Santos. Levei ele para o Fluminense para jogar de 8, mas vendo ele nos treinos de lateral, comecei a botar ele lá e ele se achou. Quando eu quis voltar ele para o meio, ele falou: “Não me tira mais daqui, professor” – contou.