Dirigente demonstrou preocupação com o futuro do futebol brasileiro
Presidente do Fluminense, Mário Bittencourt está preocupado com o futuro do futebol brasileiro no que diz respeito aos altos valores e a inflação no mercado. Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, no CT Carlos Castilho, o mandatário tricolor discorreu sobre a necessidade da implementação de um fair play financeiro, assim como é na Europa, que impeça os clubes de gastarem mais do que arrecadam.
– Acho que é a única solução que temos a médio prazo para limitar o que tá acontecendo. Falo muito pela questão de estarmos sendo puxados para cima. Clubes de faturamento semelhante ao nosso estão gastando valores muito acima do que a gente gasta. Não é que a gente compre em dólar, é que todo jogador do mundo é avaliado em dólar ou euro. No Brasil, a gente precifica em dólar mas compra e vende em real. Só que os valores aumentaram, não só recentemente por causa das SAFs. “Ah, o Canobbio é a maior contratação da história do Fluminense”. Em valores absolutos, sim, mas se você dolarizar e levar lá para trás, o time do Fluminense entre 2010 e 2012 custava 5 milhões de dólares por mês. Hoje, isso é folha de Palmeiras e Flamengo. Éramos o time de maior investimento naqueles três anos. Tinha jogador naquela época, titular, que já ganhava as cifras de hoje – disse Mário.
Para 2025, o Fluminense trouxe sete reforços, sendo alguns como Canobbio, Lavega, Hércules e Freytes, adquiridos em definitivo por meio de pagamento aos clubes. Entretanto, ainda de acordo com Mário, as operações estão dentro da austeridade financeira do clube e tudo foi feito dentro daquilo que o Tricolor pode gastar, sem loucuras.
