Celso diz que Peter não respeitou a patrocinadora na condução da demissão de Renato
Celso diz que Peter não respeitou a patrocinadora na condução da demissão de Renato

A demissão de Renato Gaúcho parece ter sido a gota d’água na já conturbada entre Peter Siemsen e Celso Barros. E a consequência disso pode ser o fim de uma parceria que já dura 15 anos. Chateado com o presidente do Fluminense, o mandatário da Unimed afirma estar desestimulado a seguir no clube e fez duras críticas ao seu comandante.

A saída em si de Renato nem foi o maior problema para Celso Barros, mas a forma como ela foi conduzida por Peter Siemsen. O comandante da patrocinadora ainda citou outros problemas criados pelo presidente tricolor ao longo dos anos, até numa comparação com seu antecessor, Roberto Horcades.

 
 
 

– Situação diferente. Tenho respeito pelo Horcades e tenho pelo Peter. Mas é um relacionamento dificil às vezes. Não posso mudar isso. Estamos há 15 anos no Fluminense, vivemos o Fluminense. Na verdade, o presidente Peter tem um comportamento que é incompatível. Demitiu Muricy, brigou com Alcides (Antunes, ex-vice de futebol), com Sandrão (também ex-vice de futebol), agora quer reaproximar o Sandrão… Pegamos o Fluminense na Série C, colocamos na Série A. Vencemos duas vezes o Brasileiro, fizemos final de Libertadores. O saldo com a Unimed é extremamente positivo. Mas a vaidade de que é com o doutor Celso. Acho isso uma bobagem. Até o momento, não vamos discutir rescisão de contrato. Mas no fim ano ano, podemos pensar na saída.  Acho o Cristovão um nome interessante para dirigir o clube. É o Fluminense viver o seu momento e a direção assumir uma posição de uma certa falta de respeito com um patrocinador de 15 anos com o clube. Existe essa relação, somos clientes do escritório (de advocacia) do Peter Siemsen. Ele é muito pressionado e se mostra fraco em algum momento. Isso desestimula. A Unimed vai passar e o Fluminense vai ficar. O Fluminense é maior que tudo, que o Peter, que eu… Vou torcer enquanto durar o patrocínio e também quando acabar. Sou tricolor e não vou mudar a minha torcida pelo Fluminense – disse, explicando a saída de Renato:

– Na verdade fui surpreendido com a conversa à noite com Peter e Tenório, colocando a insatisfação com o Renato e ambos achavam que deveria demitir. Eu fui contrário. Achei que era importante esperar o jogo com o Horizonte. Fomos discutindo e ele saiu da reunião sem ter uma decisão, pelo menos passando para mim, que iria demitir o técnico. Cabe a ele essa decisão. Se ele perguntasse e eu sou contra, eu falaria. Mas sou a favor se o presidente quiser demitir. Esse tipo de relação com o Peter é complicada. Já passamos por outras situações. Mas desestimula a Unimed a continuar no fim do ano. Não tinha o menor problema ele me dizer na reunião que demitiria o técnico. Não gostei apenas como foi. Um desrespeito ao patrocinador.


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