Foto: Reprodução/FluTV

No Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira, 20 de novembro, o portal GE relembrou a história de Chico Guanabara, torcedor símbolo do Fluminense e considerado pelo clube como o primeiro torcedor oficial do Tricolor. Relembre a história abaixo publicada pelo veículo:

“Negro, capoeirista, pioneiro. Chico Guanabara é lembrado com frequência – especialmente em 20 de novembro, quando se celebra o Dia da Consciência Negra – por ser um ícone da torcida do Fluminense. Mas afinal, quem foi Chico Guanabara?

 
 
 

Considerado pelo próprio Fluminense como o primeiro torcedor da história do clube, Chico Guanabara morava no morro Mundo Novo, nos fundos do campo da sede das Laranjeiras.

No início do século XX, quando torcer em partidas de futebol ainda era sinônimo do ato de torcer luvas devido ao calor, o capoeirista distinguia-se por gritar a plenos pulmões durante os 90 minutos.

“Um dia, ao sair de casa e passar pelo Retiro da Guanabara, atual Rua Álvaro Chaves, sede do clube, se deparou com alguns rapazes jogando bola com os pés, algo que jamais havia visto. Em sua observação, notou algo da capoeira naquele jogo de fingir e driblar. Encantado, disse: ‘De hoje em diante, serei Fluminense‘”, diz texto publicado pelo clube, que segue:

“Passou, então, a ir a todos os jogos do Tricolor, com seu chapéu de malandro, um par de tamancos e, dizem, uma navalha escondida. E ai daquele que falasse mal do Fluminense perto de Chico, ancestral de milhões de pessoas, seus herdeiros e herdeiras”.

A memória de Chico Guanabara está eternizada na “sala histórica” do Fluminense, no primeiro espaço do museu do clube nas Laranjeiras. O ambiente tem peças de acervo, como as primeiras taças e uniformes, assim como destaque às primeiras personalidades negras da história do Tricolor.

Em 2022, o Fluminense publicou a websérie “Herdeiros de Chico Guanabara”, dividida em 12 capítulos que utilizam a história do capoeirista como fio condutor para discussões sobre a história do clube e suas personalidades negras, mas também as implicações do racismo estrutural no futebol brasileiro. No ano passado, o capoeirista foi novamente homenageado com uma camisa comemorativa“.